Madeira

PSD Santa Cruz não vota a favor de "Orçamentos eleitoralistas”

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“Não votamos a favor de Orçamentos eleitoralistas”. Foi esta a posição assumida pelo PSD Santa Cruz relativamente ao Orçamento ontem apresentado pelo executivo municipal.

O social-democrata Bruno Camacho justifica o voto contra do seu partido, entre outras razões, pelo facto de o mesmo já prever, para 2021, um resultado líquido negativo de 1,2 milhões de euros.

“Um Orçamento que já prevê nas suas contas um resultado líquido negativo de 1,2 milhões de euros para 2021, que se apresenta empolado face à realidade e que não contempla, por exemplo, uma única política de apoio ao tecido empresarial, não pode ter o nosso voto a favor”.

Por outro lado, aponta "que neste Orçamento não consta uma única política de apoio ao sector empresarial do município não abrangido pelas medidas que o PSD aprovou". Como exemplo refere a taxa de Derrama, que se mantém "a mais elevada do país", penalizando "quem investe e luta por manter os seus postos de trabalho neste concelho”.

O deputado municipal acrescenta ser "inaceitável que a dívida existente, ao invés de diminuir, aumente" e destaca que "do valor actual de 16,6 milhões, mais de 1/3 desta ( 5,8 milhões) são da autoria deste executivo desde 2018". 

"Mesmo após a amortização prevista de 2 milhões em 2021, esta irá crescer cerca de 300 mil euros atingindo em finais de 2021 o montante de 16,9 milhões”, reforça Bruno Camacho.

Em suma, trata-se, a seu ver, de Orçamento “eleitoralista e meramente vistoso”, que segue o "mesmo figurino" de anos anteriores, "embora sem qualquer concretização".

A título de exemplo questiona: “Quantas vezes é que já foi anunciada a abertura de escolas de formação de bombeiros com o intuito de reforçar e rejuvenescer o Corpo de Bombeiros do Nosso Concelho?”

Bruno Camacho critica ainda o facto do município "ignorar os apoios que o Governo Regional concedeu", nomeadamente no contexto da pandemia (como é o caso do Fundo de Emergência Social ou do FAROL), “preferindo continuar na sua estratégia eleitoralista e a alocar verbas que poderiam ser canalizadas para outros tipos de ajudas”.

“Este não é o Orçamento que defendemos nem é o Orçamento de que Santa Cruz precisa neste momento e para o futuro e lamentamos que as nossas propostas nunca tenham sido tidas em conta pois, certamente, ganhávamos todos”, remata o deputado municipal do PSD.

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