Mundo

Detenções na Arménia durante uma manifestação contra o cessar-fogo

None
Foto EPA

A polícia arménia deteve hoje vários manifestantes da oposição que estão reunidos na capital Erevan, apesar da proibição, para denunciar o acordo de cessar-fogo em Nagorno-Karabakh, que vêem como consagrando a vitória do Azerbaijão.

"Vocês não vão conseguir parar todo o país", gritou ao megafone o deputado do partido Arménia Próspera Arman Abovian, enquanto a multidão reunida no centro da capital cantava slogans denunciando o primeiro-ministro, Nikol Pachinian, acusado de ter capitulado.

Após seis semanas de combates mortíferos no Nagorno-Karabakh, enclave separatista de maioria arménia em território do Azerbaijão, foi assinado na noite de segunda-feira um "cessar-fogo total" entre Baku e Erevan sob a égide da Rússia.

O acordo, que entrou em vigor às 21 horas TMG de segunda-feira (mesma hora em Lisboa), foi assinado pelo Presidente azeri, Ilham Aliev, e o primeiro-ministro arménio, Nikol Pachinian, assim como pelo Presidente russo, Vladimir Putin, que precisou que os beligerantes mantêm "as posições que ocupam", consagrando os importantes ganhos territoriais do Azerbaijão.

Este acordo aconteceu depois de as forças do Azerbaijão terem tomado o controlo da cidade estratégica de Shushi, com valor militar significativo por se situar numa região montanhosa, a cerca de 10 quilómetros da capital da região, Stepanakert, e na estrada principal que liga o Nagorno-Karabakh à Arménia.

A região de Nagorno-Karabakh situa-se dentro dos limites do território do Azerbaijão, mas está sob controlo de forças locais etnicamente arménias, apoiadas pela Arménia desde 1994.

A última série de combates começou no dia 27 de Setembro e provocou centenas de mortos.

Fechar Menu