Madeira

227 dias depois o Porto do Funchal volta a receber navio de cruzeiro

Pequeno ‘SeaDream I’ acaba de chegar com apenas 31 passageiros

Recebido com jactos de água lançados pelo rebocador ‘Ilhéu de Cima’, acaba de entrar no Porto do Funchal o ‘SeaDream I’, o primeiro o navio de cruzeiros após 227 dias sem qualquer escala de viagem turística na Madeira.

O último paquete a acostar no Funchal antes de ser decretada a proibição de acostagem de navios de cruzeiros, como medida de contenção da pandemia de coronavírus, foi o ‘Aidastella’, a 10 de Março. Proveniente de Las Palmas de Gran Canária, o paquete alemão permaneceu no Funchal pouco mais de 24 horas, tendo partido na manhã seguinte, dia 11, com destino a Lanzarote.

Desde então até hoje, ou seja, passados praticamente sete meses e meio, o Porto do Funchal permaneceu despido de navios de cruzeiros. A retoma do ‘novo normal’ faz-se hoje, com a chegada do ‘SeaDream I’, um pequeno navio com pouco mais de 100 metros de comprimento e uma capacidade de apenas 112 passageiros e 95 tripulantes.

Proveniente de Portsmouth, no sul de Inglaterra, de onde saiu na passada segunda-feira, traz a bordo menos de uma centena de viajantes com a particularidade de transportar o dobro de tripulantes comparativamente a passageiros. Estes são apenas 31, dos quais 4 têm como destino final a Madeira, a que se juntam 65 tripulantes.

A escala deste transatlântico no Funchal termina logo à tarde, com saída prevista para as 18 horas, para rumar até Kingstown, na Jamaica, em viagem de reposicionamento para as Caraíbas, onde vai fazer a próxima temporada.

Esta primeira escala de cruzeiros no Funchal passado mais de meio ano de ter sido decretada a interdição aos paquetes, acontece após o Governo Regional ter decidido reabrir de forma condicionada os portos da Madeira aos cruzeiros, conforme a Resolução n.º 772, publicada no dia 16 deste mês.

Os procedimentos adoptados para a operação deste navio, seguem o normativo da Resolução 772 que estabelece que a autorização para embarques, desembarques e vindas a terra, passa sempre pela análise individual de cada caso pelo IASaúde e as autorizações estarão sujeitas às condições definidas por aquela Autoridade de Saúde. A isso juntam-se o Plano de Contingência do próprio navio e o Plano de Gestão do Porto do Funchal.

A APRAM fez saber que todos os passageiros efectuaram um teste PCR, no último porto de escala que apresentou resultado negativo. Como esse teste foi realizado há já cinco dias, todos os passageiros que pretendam desembarcar vão ser antes sujeitos a teste rápido, que no caso de dar resultado negativo, serão autorizados a vir a terra, mas condicionados, já que estão limitados a circular em grupo numa espécie de ‘bolha’.

Os jornalistas não foram autorizados a entrar no Porto do Funchal para fazer reportagem. Apenas é permitido o acesso a quem está ligado à operação, isto por parte dos funcionários da empresa, e a quem está devidamente autorizado, caso dos fornecedores de produtos e serviços ao navio, logo também ligados a esta operação.

A presidente do Conselho de Administração da APRAM, SA, Paula Cabaço, fará um ‘briefing’ sobre a operação, à entrada do porto, previsto para o meio-dia.

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