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Pelo menos 56 mortos desde 1 de Abril

Foto REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Foto REUTERS/Carlos Garcia Rawlins

O Ministério Público (MP) da Venezuela informou que um estudante morreu, na quarta-feira, numa manifestação no sul do país, elevando a 56 o número de vítimas mortais nos protestos iniciados a 01 de abril.

Em comunicado, o MP disse que Augusto Sergio Pugas Velásquez, de 22 anos, morreu na “quarta-feira, 24 de maio”, depois de ter ficado “ferido durante uma manifestação (...) na Universidade do Oriente na Cidade Bolivar”, a capital do estado homónimo situado no sul do país.

Numa declaração à imprensa, na quarta-feira, a procuradora-geral da Venezuela, Luísa Ortega Díaz, disse que os atos de violência tinham causado 55 mortos.

Luísa Ortega Díaz precisou que, desde 01 de abril, foram registados mil feridos em protestos, dos quais 771 civis e 229 agentes de segurança. A responsável acrescentou que 346 bens imóveis foram saqueados ou incendiados.

“Mais da metade das pessoas foram feridas devido ao uso da força pelas organizações de segurança do Estado”, disse à imprensa, em Caracas, num encontro em que não foram permitidas perguntas dos jornalistas.

Luísa Ortega Díaz precisou que o Ministério Público abriu 1.479 investigações por atos de violência, que 19 agentes de segurança foram acusados de violação dos direitos fundamentais e que existem 18 ordens de detenção por executar.

A 01 de maio, o Presidente Nicolás Maduro convocou os venezuelanos para elegerem uma assembleia constituinte cidadã para manter a paz e a estabilidade no país, incluir um novo sistema económico, segurança, diplomacia e identidade cultural.

Na segunda-feira, a procuradora-geral da Venezuela questionou a necessidade de ativação da assembleia constituinte, considerando que poderá agravar a crise político-económica e social no país.