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Passagem forçada de 500 migrantes em Ceuta faz vários feridos

A fronteira de Tarajal, ainda em território africano, é uma das mais procuradas por aqueles que tentam chegar à Europa

Foto EPA/REDUAN
Foto EPA/REDUAN

Várias pessoas ficaram hoje feridas na altura em que saltavam a rede que separa Marrocos da cidade autónoma de Ceuta, Espanha, junto da fronteira de Tarajal indicaram as autoridades espanholas.

De acordo com informações divulgadas pelo serviço de emergência 112 espanhol, cerca de 500 migrantes conseguiram forçar a passagem da rede divisória entre Marrocos e Espanha e entrar em Ceuta.

Segundo a EFE, pouco depois das 07:00, mais de 350 pessoas juntavam-se na entrada do Centro Temporário para Imigrantes (CETI na sigla em castelhano), onde se encontram efetivos da Polícia Nacional e várias unidades da Cruz Vermelha.

As equipas de assistência estão a dar prioridade aos feridos que apresentam ferimentos em virtude dos cortes provocados pelo arame farpado instalado na linha divisória com mais de seis metros de altura entre Marrocos e a cidade espanhola de Ceuta.

Aqueles que não apresentam lesões estão concentrados à volta das instalações do CETI, com capacidade para 512 pessoas e que ja se encontravam lotadas.

De acordo com fontes policiais, a passagem em massa da linha de fronteira registou-se por volta das 04:00 em quatro pontos diferentes junto à fronteira de Tarajal.

A última passagem forçada em Ceuta ocorreu no passado dia 09 de dezembro quando 438 pessoas oriundas de países subsarianos entraram na cidade.

Na madrugada do dia 01 de janeiro, mais de 1.100 pessoas tentaram forçar a vedação mas apenas duas conseguiram ultrapassar a barreira e entrar em Ceuta.

Os dados difundidos na quarta-feira pela Agência Europeia de Fronteiras (Frontex), em 2016 entraram nos territórios espanhóis de Ceuta e Melilla, no norte de África, cerca de mil pessoas que procuram alcançar o continente europeu, na maior parte africanos.