Madeira

Governo da República diz que Madeira fica com “osso duro de roer” na utilização de meios aéreos contra fogos na Região

Foto ASPRESS
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O Governo Regional fica com um “osso duro de roer” dada a complexidade de aferir os custos/benefícios da utilização dos meios aéreos na Região, reconheceu ontem o secretário de estado da administração interna Jorge Gomes na última audição regimental da Assembleia da República da sessão legislativa, citado em nota de imprensa da deputada Sara Madruga da Costa.

Em resposta às questões colocadas pela deputada do PSD sobre o relatório de utilização de meios aéreos na ilha da Madeira, Jorge Gomes referiu que o relatório é claro no sentido da possibilidade técnica da utilização desses meios, mediantes determinadas condições competindo ao Governo Regional a difícil tarefa de analisar o custo/benefício dessa utilização.

A dificuldade dessa tarefa fez com que o Governo Regional tenha determinado a constituição de uma estrutura de missão para estudar a forma a adoptar e os custos, disse o secretário de estado que ainda pediu desculpas à deputada Sara Madruga da Costa por se ter esquecido de enviar o relatório à Assembleia da República tendo assumido o compromisso de o fazer chegar ainda hoje a todos os deputados.

Para Sara Madruga da Costa, “é altura do Estado aprender com os erros e com o passado ainda que recente”, relembrando à ministra da Administração Interna que “um ano depois dos incêndios na Madeira, ainda não chegaram as verbas prometidas pela república para a reconstrução das habitações danificadas”, e que a “ajuda do Estado a estas situações tem de ser mais rápida e mais eficiente”.

A deputada madeirense questionou ainda a ministra sobre se “o governo da república está disponível para efectuar numa perspectiva global e nacional a contratação dos meios aéreos já que essa contratação é sempre mais eficiente e vantajosa”.

Na resposta a ministra da administração interna não desmentiu as afirmações da deputada madeirense sobre a ajuda tardia do apoio da república à reconstrução das habitações danificadas pelos incêndios na Madeira, tendo apenas referido quanto à contratação dos meios aéreos que o “Governo da República está disponível para colaborar com o Governo Regional em matéria de proteção civil como sempre o fez no passado e certamente o fará no futuro”.

Quanto à viabilidade da utilização dos meios aéreos no combate aos incêndios, Constança Urbano de Sousa disse ainda que “os meios aéreos têm condições para operar e que muitas vezes não é possível operar nos incêndios o que é frustrante.”