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Suíça vai referendar proibição de testes experimentais em animais e humanos

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Os suíços vão referendar o uso de testes em animais e humanos para produtos vendidos no país, anunciou hoje o Governo, após várias pessoas expressarem preocupação com o que consideram ser práticas “desumanas”.

O Governo revelou que a petição atingiu com sucesso as 100 mil assinaturas mínimas necessárias para colocar em marcha a votação para a “proibição de testes experimentais em humanos e animais”.

Se a medida for aprovada, poderá impedir a importação e exportação de produtos desenvolvidos a partir de testes em animais e abrir espaço para o financiamento público em experiências alternativas cujo montante seja pelo menos igual ao concedido para testes em animais.

A data do escrutínio ainda não foi divulgada, mas prevê-se que seja realizado dentro de meses.

O anúncio surge após a primeira anulação de resultados de um referendo na história do país, na quarta-feira, quando o Tribunal suíço considerou que um referendo organizado em 2016 acabou por penalizar centenas de milhares de casais através de informação falsa no folheto explicativo da votação.

Em relação a outras iniciativas eleitorais, uma sondagem hoje divulgada pela agência de pesquisa gfs.bern descobriu que dois terços dos inquiridos apoiam um referendo que será realizado já no próximo mês para tornar as leis sobre a posse de armas de fogo mais próximas das regras adoptadas pela União Europeia após vários ataques de grupos extremistas.

O Governo suíço apoia a iniciativa, que será votada em 19 de maio, considerada por muitos uma medida que irá melhorar o combate ao tráfico de armas no espaço europeu.

Contudo, vários críticos defendem que a medida irá forçar a Suíça a submeter-se às regras impostas pela União Europeia e irá pôr em causa a liberdade tradicional do país em relação à posse de armas, uma vez que os veteranos suíços têm autorização para a sua posse mesmo após a conclusão do serviço militar.