“Dois terços dos jovens em idade escolar estão qualificados para exercer competências ou profissões que ainda não existem”, afirmou Miguel Albuquerque, num discurso na entrega de diplomas de mérito aos melhores aluno da Escola Bartolomeu Perestrelo.

O presidente do Governo Regional destacou a importância de reconhecer mérito dos alunos, mas lembrou que a formação deve ter em conta os novos desafios, as novas tecnologias e as exigências do futuro.

“Os alunos que estamos a preparar vão enfrentar um mundo completamente diferente, alterado em relação aos padrões que nós e as gerações anteriores conhecemos. Não devemos ter medo da mudança. Como dizia Chico Buarque, só tenho medo que nada mude”, afirmou.

Miguel Albuquerque não tem dúvidas de que “os novos desafios que já estão a acontecer, com a robotização da sociedade. A chamada inteligência artificial e a produção industrial 3D vai mudar os padrões de trabalho como tínhamos concebido até agora”.

Mudanças que levarão ao aparecimento de novas profissões que aumentam as exigências de formação.

“Compete às escolas dar formação humanística, formação em humanidades e valores e, ao mesmo tempo, ter capacidade de compreender que vão lidar com mais competências analíticas e com o desenvolvimento de novas tecnologias”.

O presidente do governo regional deu como exemplo as empresas tecnológicas que estão instaladas na Região e as que deverão chegar brevemente que, no seu conjunto, dão emprego a mais de duas centenas de engenheiros informáticos.

“Temos de garantir que na Região há um reforço das competências ao nível das ciências analíticas, das matemáticas e das novas tecnologias”, afirmou. Uma medida já em vigor é o programa de robótica, inédito ao nível nacional, que está a ser desenvolvido em várias escolas da Região.