“Quem poupa o lobo sacrifica a ovelha”

Que as nossas palavras, nossos gestos, nossas acções façam a diferença na vida das pessoas, pois só assim terão sentido.

Num mundo tão conturbado, abalado por catástrofes consequentes das alterações climáticas que têm a montante, quase sempre, a mão do Homem, existe um lixo não contabilizável gerado pela mediocridade, pela mesquinhez. É um lixo residual e durável que nos torna pior do que somos e que é com frequência acentuado nas redes sociais, especialmente.

Perdeu-se o sentido das proporções. Palavras e atitudes são exploradas até à exaustão, despoletando brigadas de juízes ferozes, capazes de condenações cruéis. Confunde-se a árvore com a floresta, julgando, ofendendo, insultando toda uma população cujo pecado é manifestar a sua indignação, ainda que apenas por parte de alguns. “Poucos, mas bons”.

Como diz o velho ditado “Só quem está no convento é que sabe o que vai lá dentro”. Sofremos na pele o resultado de um poder político que se subjugou ao financeiro, que ignora promessas eleitorais, que se serve a si mesmo em vez de servir. Os políticos são sempre parte do problema e não solução.

Por isso, que ninguém se iluda. Muitos “Janeiros” se repetirão. Não nos tentem entreter com “prémios de consolação”, quando o nosso lugar é no pódio. A EMIR no Porto Santo será sempre uma mais valia, de Janeiro a Dezembro. Não apenas em Janeiro e nos picos de maior densidade populacional. Porque, creio eu, é um direito nosso. Nunca pela razão tornada pública (diminuição das evacuações médicas ). Se eu fosse médica em exercício no Porto Santo, seria levada a pensar que a minha competência profissional estaria posta em causa...

A nossa importância pode até nem passar de milésimos, mas a soma do mundo não se faz sem nós.