Chega considera que "suspender o PDM do Porto Santo é remendar a incompetência estrutural"
O Chega considera que o anúncio da suspensão do PDM do Porto Santo para permitir a construção de um parque fotovoltaico trata-se de "mais um episódio de incompetência planeada por parte do Governo Regional da Madeira". "Isto não é planeamento, isto é improviso com cheiro a desespero político", afirma o líder regional do partido.
Miguel Castro afirma que "o que está a acontecer é uma vergonha para o planeamento territorial da Região. Temos o PROTRAM, aprovado em 2023, que é o verdadeiro 'Master Plan' para a Madeira até 2032, e em vez de termos políticas municipais e investimentos alinhados com essa estratégia, o Governo prefere andar a suspender PDMs como quem põe fita-cola em paredes rachadas".
Para o partido, esta decisão é "sintomática de décadas de desorganização estrutural", uma vez que considera que se deveria fazer a revisão do PDM, articulando-o com o PROTRAM e "garantindo um desenvolvimento coerente". "O Governo Regional opta por atalhos legais e soluções avulsas, colocando em causa a confiança dos cidadãos e investidores", aponta.
Já o candidato do CH à Câmara Municipal do Porto Santo aponta que "o Porto Santo não precisa de remendos, precisa de visão. Precisamos de um PDM atualizado, alinhado com o PROTRAM, que garanta desenvolvimento sustentável, energia limpa, habitação organizada, mobilidade moderna e qualidade de vida".
"Suspender um PDM para viabilizar um projecto isolado é confessar a falência de todo o sistema de ordenamento do território. É admitir que a casa está torta e que só sabem trocar as telhas", considera Carlos Camacho.
O cabeça-de-lista defende que a aposta em energias renováveis — incluindo solar e eólica — é importante, mas deve ser feita dentro de um quadro de planeamento integrado, transparente e com participação local. "Fazer da suspensão de PDMs um hábito, em vez de uma excepção, é minar a segurança jurídica, afastar investimento e perpetuar a ideia de que o desenvolvimento do Porto Santo só avança a golpes de improviso", aponta.
"A Madeira precisa de liderança séria. O Porto Santo precisa de futuro, não de soluções de remendo. Quando o Chega chegar ao poder autárquico e regional, não vamos andar a suspender planos para encaixar projectos à pressa", compromete-se Miguel Castro. "Vamos actualizar o PROTRAM se necessário, rever de cima a baixo os PDMs, e finalmente colocar a Região a funcionar com base em estratégia, e não em conveniências momentâneas", termina o líder regional do partido.