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Madeira

Francisco Gomes acusa República de esconder pesca ilegal nas águas portuguesas

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O deputado do CHEGA, Francisco Gomes, acusou hoje os sucessivos governos do PS e do PSD de “negligência grave” relativamente à protecção da plataforma marítima portuguesa e dos recursos piscatórios nacionais.

Para o parlamentar, a ausência de estratégia, fiscalização e meios tem transformado o mar português “num território aberto à pilhagem de frotas estrangeiras”, comprometendo não a sustentabilidade económica do sector e a soberania nacional.

Em nota à imprensa, Francisco Gomes sublinhou que, segundo dados que diz possuir, a zona marítima nacional é alvo frequente de pesca ilegal por barcos estrangeiros que contornam a lei internacional e as quotas impostas pela União Europeia. O deputado denunciou que o governo português “tem conhecimento destas violações, mas prefere negar e até esconder a realidade”, porque não dispõe de recursos humanos, logísticos e tecnológicos para monitorizar a zona marítima, apreender prevaricadores e garantir a segurança dos recursos piscatórios e dos próprios pescadores.

O mar português é saqueado à vista de todos e o governo fecha os olhos. Não há meios, não há vontade política, não há defesa das nossas comunidades piscatórias. É o retrato do desprezo a que o PS e o PSD condenaram o setor das pescas".  Francisco Gomes, deputado na Assembleia da República 

O deputado reforçou que, seu ver, a situação atual representa “um duplo abandono”, nomeadamente oque diz ser o “abandono das comunidades piscatórias e o desperdício de uma das maiores riquezas estratégicas do país”. Francisco Gomes acrescentou que o problema é agravado pelo facto de Bruxelas impor quotas que não respeitam a realidade da pesca tradicional portuguesa.

E acrescentou: "Portugal tem de bater o pé! Temos de exigir uma revisão urgente da política comum de pescas e, se Bruxelas não quiser ouvir, temos de ter a coragem de definir uma política própria. Não podemos aceitar mais esta ditadura que a União Europeia quer impor aos nossos homens do mar". 

Francisco Gomes concluiu afirmando que o CHEGA será a voz dos pescadores e dos armadores, lutando por políticas que respeitem a soberania marítima de Portugal e ponham fim ao que diz ser “a exploração criminosa do nosso mar, consentida pela indiferença dos governos do sistema”.