Problemas do Funchal exigem "soluções corajosas, sustentáveis e participadas", diz o Livre
"O Dia da Cidade do Funchal é ocasião para celebrar a sua história, o dinamismo da sua cultura e a vitalidade da sua comunidade (...). No entanto, este dia é também um momento de reflexão sobre os problemas que o executivo atual da Câmara Municipal do Funchal não conseguiu resolver, e que ficam assim como desafios urgentes para o próximo executivo". Quem o diz é Marta Sofia, a candidata do Livre à presidência da Câmara Municipal do Funchal.
Em comunicado de imprensa, a cabeça-de-lista passa a enumerar os diversos problemas que, segundo o partido, continuam a afectar a vida dos funchalenses, a começar pela "gentrificação, o trânsito que sufoca o dia-a-dia, o turismo desregulado, o excesso de alojamentos locais, o aumento de pessoas em situação de sem abrigo, o aumento da toxicodependência, o aumento da insegurança, o aumento de despejos, a habitação [inacessível]".
Para o Livre todas estas questões estão a fazer com que a cidade rapidamente se transforme "num espaço para visitantes e investidores e não para quem trabalha, estuda, ou vive [no Funchal]".
Esta escolha nasce de uma urgência que salta à vista e se sente na pele. A especulação imobiliária, o aumentos dos alojamentos locais, e a inacção e ausência de respostas por parte da Câmara Municipal do Funchal está há quatro anos a expulsar os funchalenses que não conseguem pagar as rendas elevadíssimas das suas casas Marta Sofia, Livre
Em matéria de habitação, o Livre sublinha ainda que “muitas famílias enfrentam rendas incomportáveis e falta de alternativas de habitação acessível”.
No campo da mobilidade, evidencia que “os transportes públicos continuam a não responder de forma adequada às necessidades da população”, ao mesmo tempo que “o trânsito e a circulação na cidade tornam-se cada vez mais difíceis e insustentáveis”.
No que toca à coesão social, o partido aponta que “bairros periféricos permanecem esquecidos, sem investimento público suficiente”, e alerta ainda que “pessoas com deficiência, mobilidade reduzida ou baixa visão continuam a enfrentar barreiras numa cidade que ainda não as inclui plenamente”.
A preocupação estende-se também ao espaço urbano, já que “a cidade continua a perder áreas verdes, de convívio e lazer para os seus moradores”.
Em matéria ambiental, o Livre avisa que “os efeitos da crise climática são cada vez mais visíveis e faltam políticas eficazes para proteger o Funchal e os seus cidadãos”.
Por fim, denuncia ainda que “as zonas altas permanecem sem rede de esgotos, ou acesso rodoviário, esquecidas e à margem do desenvolvimento necessário para o equilíbrio e não para perpetuarem desigualdades”.
"Estes problemas exigem soluções corajosas, sustentáveis e participadas, e não podem ser adiados. É por isso que as próximas eleições autárquicas assumem uma importância decisiva", sublinha Marta Sofia.
Mais que políticas repetidas e consensos convenientes, o Funchal precisa de novas ideias, novas energias, novas vozes e mais futuro. Nunca as bancadas monocromáticas serviram o bem comum Marta Sofia, Livre