Região regista 200 novos casos anuais de cancro da mama
Micaela Freitas realizou visita à unidade móvel de rastreio ao cancro da mama em Câmara de Lobos
A secretária regional de Saúde e Protecção Civil, Micaela Freitas, realizou esta terça-feira uma visita de trabalho à Unidade Móvel de Rastreio do Cancro da Mama, actualmente instalada na Praça da Autonomia, em Câmara de Lobos.
Em declarações aos jornalistas, Micaela Freitas explicou que a visita teve como objectivo acompanhar de perto o trabalho desenvolvido pelas equipas do SESARAM.
“No fundo, vim para acompanhar este rastreio ao cancro da mama, que está a ser feito desde o início de Abril. Esta fase, aqui na freguesia de Câmara de Lobos, termina a 3 de Junho, mas já no dia seguinte, 4 de Junho, a unidade segue para o Funchal, onde continuará o rastreio nas restantes freguesias do concelho”, anunciou.
Segundo a secretária regional, foram convocadas 3.500 mulheres da freguesia de Câmara de Lobos para realizarem o rastreio. Até à passada sexta-feira, cerca de 1.400 tinham comparecido.
“Há um número significativo de mulheres que não vêm, mas é importante referir que não são obrigadas. Ainda assim, estamos a melhorar constantemente o serviço, mantendo a unidade aberta entre as 9h00 e as 19h00, sem interrupção para almoço, para facilitar o acesso a quem trabalha”, sublinhou.
A governante destacou a importância do rastreio como forma de detecção precoce do cancro da mama, apontando que a taxa de sobrevivência, quando o diagnóstico é atempado, chega aos 85% ao fim de cinco anos.
“Quanto mais cedo tratarmos este tumor maligno, mais hipóteses de sobrevivência temos. Este rastreio tem contribuído positivamente para a saúde das mulheres madeirenses, não só por permitir detecções precoces, como por possibilitar tratamentos menos agressivos e melhor qualidade de vida”, afirmou.
Micaela Freitas salientou ainda que a RAM é a que apresenta o maior intervalo etário abrangido pelo rastreio no país: entre os 45 e os 74 anos. A prevalência da doença na Região situa-se nos cerca de 200 novos casos anuais.
Aproveitou a ocasião para recordar que estão em curso outros rastreios na Região, nomeadamente ao cancro do colo do útero e do cólon e recto.
“Esperamos também implementar, até ao final do ano, o rastreio à doença pulmonar obstrutiva crónica”, anunciou.
Quanto à Unidade Móvel, esta percorre todos os concelhos da Região, deslocando-se entre freguesias conforme o planeamento do rastreio. No caso do Funchal, Micaela Freitas confirmou que todas as freguesias serão abrangidas.