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Fernanda Freitas Vaz lançou obra na biblioteca municipal da Calheta

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A biblioteca municipal da Calheta - Casa das Mudas  acolheu hoje o lançamento do primeiro livro sobre emigração, da autoria da calhetense Fernanda Freitas Vaz, intitulado ‘João Sebondia e Vicencinha, um amor que durou a vida toda’, pela Books Chiado.

Autora da Calheta lança primeiro livro sobre emigração

O Centro de Estudos e Desenvolvimento, Educação, Cultura e Social (CEDECS), em parceria com a Câmara Municipal da Calheta, promove hoje, 5 de fevereiro, pelas 17h30, na Biblioteca Municipal da Calheta - Casa das Mudas, o lançamento do primeiro livro da autora natural da Calheta, Fernanda Freitas Vaz, intitulado 'João Sebondia e Vicencinha, um amor que durou a vida toda'. A obra conta uma história real sobre a emigração vivida pelos pais da autora.

Coube ao cônsul honorário da África do Sul, Gonçalo Nuno, a apresentação da obra que conta uma história real sobre a emigração vivida pelos pais da autora.

“Não imaginará, porventura, a dr.ª Fernanda Vaz a honra que é para mim apresentar o seu livro ‘João Sebondia e Vicencinha, um amor que durou a vida toda’. Ambos, a Fernanda Vaz - se me permite, excepcionalmente, tratá-la assim - e eu mesmo, temos tanto em comum. Um amor único e incondicional pelos nossos pais, facto que anunciamos bem alto, não vão os anjos do Céu julgá-los órfãos dos seus próprios filhos e, nos confins onde repousam as suas almas, pensarem eles que nós já os esquecemos” , começou por dizer.

Na escrita de Fernanda Vaz, segundo Gonçalo Nuno, “há uma certa gratidão com o destino que confere às suas personagens uma impossibilidade de fuga”. “Fosse qual fosse esse destino, seria irremediável”, adianta.

“João Sebondia é protagonista da sua própria tragédia, como o da obra de Sófocles Édipo Rei. O seu destino estava traçado mesmo antes do seu nascimento e, portanto, dentro dessa bolha, nem João Sebondia nem a sua filha seriam mais responsáveis pelo que viesse a acontecer do princípio ao fim da obra. Todavia, essa ‘crueldade’ é tratada pela autora com tanto carinho que nos parece menos fatal, até mesmo, em alguns casos, ironicamente simpática”, acrescenta.

Já o historiador José Eduardo Franco, referiu que, ali, naquela biblioteca, se estava a assistir ao nascimento de uma nova escritora.

O evento contou com a presença da vice-presidente da autarquia da Calheta, Doroteia Leça, que louvou a iniciativa e apoiou a aquisição de livros.

A iniciativa contou com a actuação do grupo tradicional D'Canto a Canto.

Este evento integra-se no programa de comemorações promovido pelo Centro de Estudos e Desenvolvimento, Educação, Cultura e Social por ocasião dos 500 anos da chegada de João do Leme a Santa Catarina do Sul e dos 50 anos da Autonomia da Madeira.