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Patrick Rooney e Farida Walid vencem torneio internacional de squash na Madeira

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As finais do Torneio Internacional da Madeira UNILIFT em squash tiveram lugar neste domingo, com o inglês Patrick Rooney e a egípcia Farida Walid a vencerem, respectivamente, nas competições masculina e feminina. Patrick Rooney conseguiu impor-se a Rory Stewart, por 3-0, e fez o “hat-trick” na Madeira, depois dos títulos conquistados em 2016 e 2019. Já Farida Walid sobreviveu a um “match-point” diante da sua compatriota Menna Walid, para conquistar, por 3-2, o segundo torneio de nível 6K na carreira, o primeiro na Madeira.

Patrick Rooney voltou à Madeira para fazer o que faz habitualmente quando visita a ilha, vencer. Foi uma final sem grande história diante de Rory Stewart, perante a superioridade demonstrada pelo jogador inglês. O triunfo por 3-0 veio cimentar o estatuto que Patrick Rooney detém neste torneio, que já havia vencido por duas vezes. Foi uma semana em crescendo para Patrick Rooney, que pareceu melhorar a cada dia que passou. Hoje, diante de Rory Stewart o jogador inglês voltou a realizar uma exibição sólida e não deu qualquer margem a Rory para surpreender. Os primeiros dois jogos foram de sentido único, com Patrick Rooney a não tirar o pé do acelerador e a vencer por 11-2 e 11-3. Com dois jogos de vantagem para o jogador inglês, a vida de Rory Stewart ficava muito complicada. O jogador escocês ainda tentou reagir no terceiro jogo, onde conseguiu equilibrar mais os acontecimentos dentro do court, mas Patrick Rooney tinha sempre algo mais e, apesar do grande esforço de Rory Stewart, acabou fechando a partida por 11-9. Um triunfo algo fácil para o agora tricampeão do Torneio Internacional da Madeira, que, no final, não escondia a sua felicidade. “Estou a sentir-me muito bem, se calhar o melhor que me senti nos últimos dois anos. Não conseguia conquistar um título desde que voltei da lesão e estou muito contente por ter mais este título”, começou por referir Patrick Rooney. A Madeira tem um lugar especial no coração do jogador inglês: “Que melhor lugar para voltar a vencer? Um lugar onde vim pela primeira vez há 9 anos atrás e onde conquistei o meu primeiro título e agora consigo voltar a vencer um torneio. Mais memórias felizes na Madeira e espero poder voltar. Gosto muito de aqui estar”.

A final feminina teve emoção, reviravoltas, lesões e, acima de tudo, squash de elevado nível. Num embate totalmente egípcio, Farida Walid e Menna Walid proporcionaram um espetáculo memorável, com pontos incríveis, e que levaram ao limite as duas jogadoras. Entrou melhor Menna Walid, que apresentando um squash de precisão, deixou Farida Walid sem capacidade de resposta. O score de 11-5 favorável à segunda cabeça-de-série do torneio mostra bem a superioridade da mais experiente das duas egípcias. O segundo jogo, contudo, mostrou uma Farida Walid bem melhor. A jovem egípcia dominou, com um squash de ataque que pareceu surpreender Menna Walid, que já não conseguia controlar os ritmos do jogo com as suas pancadas mais precisas. Um 2-11 foi o score favorável à mais jovem das duas egípcias. O terceiro jogo foi um regresso ao passado, ou melhor, um regresso ao que havia sucedido no primeiro jogo, embora com uma tensão maior evidente dentro do court. Menna Walid voltou a assumir o controlo das operações e conseguiu conter as tentativas de Farida de acelerar o ritmo do jogo. O jogo manteve-se equilibrado até ao 6-6. A partir deste momento, Menna Walid conseguiu distanciar-se no marcador e aproveitando alguns erros não forçados da sua adversária, fechou o terceiro jogo por 11-6. No quarto jogo residiu a chave do encontro. Foi o jogo mais equilibrado, imprevisível e espectacular da final. Farida conseguiu na parte final uma vantagem de dois pontos (8-10) para fechar a contenda e obrigar a um quinto e decisivo jogo. No entanto, Menna Walid ainda recuperou a desvantagem, igualando o marcador a 10-10. A segunda cabeça-de-série passou para a frente por 11-10 e dispôs de um match-point para vencer o torneio. Nesse momento de maior tensão acabou por ser a mais jovem das duas egípcias a lidar melhor com a pressão. Farida Walid não só anulou o match-point contra como conseguiu dar a volta e fechar o quarto jogo (11-13). No quinto e decisivo jogo, com o resultado a 2-3, Menna Walid aparentemente lesionou-se numa troca de posição no meio do court com Farida Walid e teve que sair para ser assistida. No regresso, Menna já não conseguiu acompanhar o ritmo imposto por Farida Walid, que acabou fechando a partida por 2-11, ao fim de 58 minutos de jogo. Uma vitória em 5 jogos para a jovem Farida Walid, que, assim, conquista o seu segundo título num torneio 6K, o primeiro na Madeira. “Estou na Lua. Este é o meu segundo título 6K. Hoje foi um jogo muito duro. Menna é uma grande jogadora. Estive “match-ball” contra no quarto jogo e cheguei a pensar que ia perder. Estou muito feliz por ter conseguido dar a volta”, começou por destacar a vencedora. Este é um torneio que Farida não esquecerá tão cedo. “A ilha é tão bonita. Pareço que estou no Egipto, mas ainda melhor. Agora é tempo de ir descobrir a Madeira. É, até ao momento, o meu torneio favorito e espero poder voltar no futuro”, finalizou Farida Walid.

Galomar vence todos os escalões no TIM nível 5

No Torneio Internacional da Madeira nível 5, prova nacional organizada pela Federação Nacional de Squash que decorre paralelamente ao torneio profissional, a Associação Desportiva Galomar alcançou um resultado histórico, vencendo todos os escalões em disputa no sector masculino.

A final do escalão M1 colocava frente a frente dois dos mais promissores jovens do squash nacional, Diego Pita (AD Galomar) e Gustavo Cruz (Lisboa Racket Center). A expectativa era enorme em volta deste encontro, naquela que foi a primeira final disputada entre ambos. Entrou mais forte Diego Pita, que fruto de uma pressão constante sobre Gustavo Cruz obrigou o jogador lisboeta a cometer alguns erros não forçados. Sempre muito consistente, Diego Pita fechou o primeiro jogo por 11-6. No segundo jogo o perfil do encontro manteve-se. Gustavo Cruz alternava alguns pontos espetaculares com erros não forçados, enquanto o jogador natural da Madeira mantinha-se mais consistente e a cometer menos erros. O score de 11-7 revela bem o que se passou no court. No 3.º e último jogo, Diego Pita acelerou para a vitória e deixou Gustavo Cruz sem resposta. O jogador da AD Galomar esteve sempre no comando das operações e fechou o encontro com um desequilibrado 11-1. Esta foi a primeira vitória de Diego Pita neste torneio.

Ricardo Santos (AD Galomar) e Tiago Paixão (Valténis Country Club) foram os protagonistas da final no escalão M2. Velhos conhecidos de finais disputadas no Campeonato Nacional de Clubes, ambos entraram determinados a fazer diferenças cedo na partida. Foi mais forte Ricardo Santos, que nos primeiros jogos apresentou um nível de squash muito alto e que não deu qualquer chance de resposta ao seu opositor. Tiago Paixão reagiu no terceiro jogo e encurtou diferenças no marcador, vencendo por 11-8. No quarto jogo, o mais equilibrado do encontro, foi necessário discutir as vantagens para determinar o vencedor e foi o jogador da casa a se impor por 12-10. Ricardo Santos fechou a partida por 3-1 (11-7, 11-4, 8-11 e 12-10) e conquistou o título no escalão M2.

No escalão M3 Angelino Gonçalves (AD Galomar) defrontou James Archer (Lisboa Racket Center) e venceu por 3-0. Uma final de muito bom nível, entre dois jogadores que mostraram qualidade para estarem num escalão superior. Com um squash muito preciso, o jogador madeirense não deu muitas oportunidades ao jogador britânico, que representa as cores do Lisboa Racket Center, de aplicar as suas temíveis pancadas de ataque. Os parciais de 11-4, 11-8 e 11-8 revelam bem a superioridade de Angelino Gonçalves, que assim conquista pela primeira vez o título nesta competição.

No Quadro feminino, Catarina Nunes (Proracket) confirmou o favoritismo e provou que, neste momento, não tem adversária à altura em Portugal. Diante da jovem Sofia Oliveira (Proracket), a mais experiente Catarina Nunes aplicou uma lição de bem jogar, com um squash de grande qualidade e sem nunca ter sido verdadeiramente testada. Sofia Oliveira lutou muito e demonstrou sempre uma excelente atitude em court, tentando de todas as formas incomodar a sua mais forte adversária. A verdade é que a diferença entre as jogadoras é enorme e os parciais de 11-1, 11-1 e 11-2 favoráveis a Catarina Nunes comprovam isso mesmo. Mais um título para a coleção de Catarina Nunes, numa final totalmente Proracket.