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Madeira

"O sucesso dá trabalho"

Director do DIÁRIO destaca resiliência, crescimento e inteligência empresarial

Foto ASPRESS
Foto ASPRESS

Ricardo Miguel Oliveira, director do DIÁRIO, em representação da organização das 500 Maiores e Melhores Empresas da Madeira 2025, sublinhou a resiliência e a capacidade de superação do tecido empresarial regional.

“Há quatro anos, estávamos a sair da pandemia e do pântano. Na altura recordávamos os que infelizmente tinham ficado pelo caminho — uns porque perderam a vida, outros porque fecharam portas. Uns porque desistiram de lutar, outros porque foram deixados à margem dos apoios públicos. Havia sempre uma razão válida, mesmo para aquilo que aparentemente não tinha explicação”, afirmou.

Sobre o desempenho de 2024, Oliveira considerou: “O tecido empresarial revelou-se inteligente, aproveitando um contexto nem sempre facilitador, transformando incertezas em oportunidades, ameaças em investimento e desafios em motores de crescimento. Demonstrou que a inteligência organizacional, estratégica e humana é cada vez mais um activo invisível que gera resultados palpáveis.”

O director destacou ainda a importância do rigor e da transparência: “Este ano as ‘500 maiores’ foram ao VAR. Numa análise detalhada, verificámos que a Edge Tecnology, Lda deveria ser excluída da lista por ter sede na Zona Franca da Madeira durante o período de análise, garantindo a equidade e a credibilidade da iniciativa.”

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Oliveira aproveitou também para alertar para desequilíbrios legislativos: “Não resisto em lembrar um dos desequilíbrios que a lei eleitoral gera, sobretudo junto das empresas cumpridoras. Uma distorção que o Estado terá que cuidar. Na Madeira, devido aos quatro actos eleitorais com impacto neste ano, em 265 dos 365 dias de 2025, ou seja, em quase 73% do ano, a propaganda através de meios de publicidade comercial, quer a publicidade institucional, foi proibida. Só tivemos 100 dias de mercado livre e em 2026 já nos impediram de trabalhar normalmente durante 18 dias, a que convém juntar mais 21 para a mais do que provável segunda volta das Presidenciais. E assim lá vão mais 39 dias de anormalidade democrática! Numa economia em que o sector público é dominante, e face a tanto dia de proibição, quem paga esta absurda ‘factura’ que manifestamente afecta a vertente financeira de alguns meios de comunicação social privados?”

Oliveira concluiu: “Apesar das incertezas e desafios, a economia cresceu, houve investimento, dinamismo e criação de emprego. A todos os que mantêm viva a ambição de fazer da Madeira uma Região mais próspera e competitiva, a nossa gratidão. Para o ano esperamos voltar a distinguir quem merece, quem inova, quem arrisca, quem lidera e quem inspira.”