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Madeira

Castanheiro Boutique Hotel celebra 10 anos com exposição que revela a alma do quarteirão histórico

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O Castanheiro Boutique Hotel assinala hoje o seu 10.º aniversário com a inauguração de uma nova exposição fotográfica que revisita a história e identidade do espaço, evidenciando as memórias, os detalhes arquitectónicos e as histórias humanas que marcaram a sua evolução ao longo da última década.

A mostra, construída em parceria com o Museu de Fotografia da Madeira – Atelier Vicente’s, reúne imagens inéditas e documentos de arquivo que revelam a metamorfose do edifício e o impacto cultural do hotel no centro histórico do Funchal.

A cerimónia de inauguração decorreu esta tarde e a partir de amanhã, a exposição estará aberta ao público até 3 de Janeiro de 2025, permitindo a residentes e visitantes um mergulho visual na narrativa que acompanha os dez anos de actividade do Castanheiro Boutique Hotel.

À margem da inauguração, o director-geral do Castanheiro Boutique Hotel, Francisco Correia, destacou o carácter profundamente familiar do projecto e o simbolismo da exposição agora apresentada. “Esta é uma empresa familiar. Sou o director-geral da unidade, mas este é um projecto construído por toda a família”, afirmou.

Sobre a exposição, Francisco Correia sublinhou que se trata de um testemunho vivo das raízes e da visão que moldaram o hotel. “O que aqui mostramos é um sonho tornado realidade pela família Correia. Este é um hotel vivido pelos nossos hóspedes, sobretudo estrangeiros, mas estas paredes são o nosso sonho, aquilo que conseguimos erguer com muito trabalho.”

O director-geral acrescentou que o hotel sempre procurou ir além da função turística. “Conseguimos conciliar a parte hoteleira com um propósito maior, que era envolver o Castanheiro na cidade e integrá-lo no quotidiano dos funchalenses. Seja através das exposições, do bar, dos eventos ou dos espaços culturais, sempre quisemos que os madeirenses se sentissem bem-vindos.”

A exposição, explicou, é também um espelho do percurso da família e da evolução de um quarteirão histórico do Funchal. “Estes cinco edifícios têm história, e nós quisemos preservá-la. Mostramos aqui o trajecto do meu pai, o senhor Zeca, que começou a trabalhar aos 11 anos e foi ele que tornou possível este projecto, feito em tempo recorde, pouco mais de um ano, com toda a família envolvida.”

Sobre os dez anos cumpridos, o director-geral fez um balanço “claramente positivo”. “Houve altos e baixos, muitos desafios, a pandemia foi o maior deles, mas conseguimos criar, do zero, uma marca sólida. A marca Castanheiro é hoje reconhecida na hotelaria e nos eventos regionais. Continuaremos a aprender e a melhorar, mas temos orgulho no caminho percorrido.”

Também presente na inauguração, o fundador e CEO do grupo, José Correia, a quem a família orgulhosamente apelida de “o grande responsável por este sonho estar de pé”, reforçou o orgulho no percurso colectivo. “Criámos uma marca forte em apenas 10 anos. Este hotel é o resultado do esforço de toda a família e do contributo de cada um dos meus filhos e da minha esposa.”

A responsável de marketing do Grupo Castanheiro, Filipa Jasmins, recordou que esta exposição permite compreender a dimensão histórica do edificado. “Quem nos visitar pode esperar uma viagem pelos anos de história dos edifícios que compõem o Castanheiro e a Rua das Pretas. Este é um quarteirão cuja identidade foi preservada, as fachadas mantiveram-se intactas, como se pode ver nas fotografias antigas dos prédios dos séculos XIX e XX. Não foi uma reconstrução nova, mas sim uma adaptação cuidadosa daquilo que já existia.”

Do lado do Museu de Fotografia da Madeira, o director Filipe Bettencourt descreveu o desafio de montar a exposição a partir do vasto arquivo do museu. “Esta mostra nasce da parceria com o hotel para celebrar os seus 10 anos. Tivemos de procurar, entre milhões de fotografias, as imagens que melhor representassem este quarteirão. Não foi fácil, há lacunas, sobretudo na Rua das Pretas e noutras zonas onde queríamos algo mais recuado no tempo. Encontrar as antigas lojas e estabelecimentos comerciais foi um grande desafio.”

Apesar das dificuldades, Filipe Bettencourt considera que o resultado final está à altura da comemoração. “Quem visitar a exposição vai ver este quarteirão de uma forma completamente diferente, fachadas que permanecem iguais, mas estabelecimentos que desapareceram, a Madeira de antigamente em preto e branco confrontada com a cor amarela de hoje.”