DNOTICIAS.PT
Madeira

PSD Madeira pede "celeridade" no novo modelo do Subsídio de Mobilidade

None

Ontem, na Assembleia da República e em reunião ordinária da comissão parlamentar de Infraestruturas, Mobilidade e Habitação, foi fixada a redação final do projecto que recomenda ao Governo da República que conclua a implementação do novo modelo do Subsídio Social de Mobilidade (SSM).

O novo regime resulta da fusão de duas iniciativas, uma da autoria do Grupo Parlamentar do PSD (apresentada pelos deputados do PSD eleitos pela Madeira) e outra do Grupo Parlamentar CDS-PP, e assegura o pagamento apenas do valor líquido das viagens, eliminando o ónus financeiro sobre os beneficiários.

Os projectos já tinham sido discutidos e aprovados em sessão plenária, com os votos a favor do PSD, CH, IL, L, CDS-PP, BE, PAN e a abstenção do PS, PCP, JPP, tendo os Grupos Parlamentares do PSD e do CDS-PP, harmonizado as suas iniciativas num projecto único.

Os social-democratas madeirenses reconhecem os "avanços já alcançados", mas pedem "celeridade" na implementação do novo modelo do Subsídio Social de Mobilidade, através da plataforma digital do SSM, "para o garante de uma mobilidade mais justa".

"[O SSM] só será verdadeiramente eficaz quando assegurar e eliminar de vez o ónus financeiro sobre o beneficiário — ou seja quando os residentes pagarem apenas o valor líquido das viagens, sem terem de adiantar o montante do subsídio", reforça uma nota do PSD-Madeira remetida esta manhã às redacções.

Na mesma nota, os deputados eleitos pelo PSD/M à Assembleia da República referem-se a um requerimento de audição ao presidente do Conselho de Administração da TAP, da autoria do JPP, que foi também discutido ontem na reunião da comissão parlamentar de Infraestruturas.

A social-democrata madeirense Vânia Jesus, que é membro efectivo desta comissão especializada, refere que os deputados eleitos pelo PSD/ não acompanharam esta posição, “não por falta de preocupação ou por falta de indignação pelos preços que são praticados pela companhia, mas, sim, porque as respostas às perguntas do JPP não trariam um único facto novo”.

“Somos, sempre fomos e continuaremos a ser contra taxas abusivas, sobretaxas injustificadas e tarifas incomportáveis para os residentes da Madeira e Porto Santo praticadas pela TAP”, sublinhou a parlamentar, acrescentando que a TAP recuou por diligências feitas pelo Governo Regional da Madeira e que os deputados solicitaram um encontro de urgência, na sequência do qual estiveram reunidos com o Conselho de Administração da TAP.

“Mais importante agora é o acompanhamento por parte do parlamento da execução do novo modelo do SSM aprovado em DL; o trabalho na especialidade que está em curso na comissão, onde há um conjunto de entidades a serem ouvidas algumas por escrito e outras presencialmente, relativamente ao SSM: companhias aéreas, ANAC, CTT, AMT, IMT, APAVT, DECO, Provedoria de justiça, representantes do Governo da República e os Governos Regionais da Madeira e dos Açores, entre outras; e, por fim, o colocar das posições, com firmeza, ao Governo para que no processo da reprivatização da TAP e independentemente do futuro acionista, as questões da Madeira fiquem salvaguardadas, exigindo-se ao Governo da República mecanismos de compensação eficazes", frisou Vânia Jesus.

A deputada social-democrata criticou, ainda, o facto do JPP, no corpo de texto do requerimento, acusar o PSD de não resolver a questão do subsídio social de mobilidade. “O que afirma o JPP não corresponde à realidade nem ao trabalho que está em curso por parte do governo e ao trabalho em curso em sede da comissão especializada no parlamento, o que por si só, demonstra o real propósito do requerimento apresentado”, rematou.