O Natal em Liberdade…

O Natal é uma celebração que transcende o religioso e o cultural: é a afirmação da liberdade humana. Como lembrava Alexis de Tocqueville, a vitalidade das sociedades livres nasce da iniciativa individual e da confiança mútua entre cidadãos.

As ruas iluminadas e os mercados cheios de opções não são apenas símbolos festivos, mas manifestações concretas da economia de mercado, onde cada pessoa, ao exercer a sua criatividade e esforço, contribui para a abundância coletiva.

Friedrich Hayek sublinhou que a ordem social mais próspera não é fruto de planos centralizados, mas da cooperação espontânea entre indivíduos livres. É precisamente essa lógica que vemos no Natal: cabazes solidários, doações voluntárias e gestos de apoio aos mais frágeis não resultam de imposição estatal, mas da escolha consciente de cada cidadão. A solidariedade, quando nasce da liberdade, é autêntica e digna, porque respeita a autonomia de quem dá e de quem recebe.

Mesmo as críticas ao consumismo ignoram que dar presentes é, em si, um ato de liberdade: cada pessoa decide como valorizar o esforço dos outros, como expressar afeto e reconhecimento. O mercado, longe de ser inimigo do espírito natalício, é o espaço onde a cooperação voluntária floresce e onde a criatividade humana se traduz em prosperidade partilhada.

Assim como o nascimento de Jesus trouxe esperança, cada ato livre de generosidade é uma semente de justiça social. O Natal recorda-nos que a prosperidade e a solidariedade não dependem de decretos, mas da liberdade que permite a cada indivíduo agir com responsabilidade e empatia.

Bom Natal a todos!

José Augusto de Sousa Martins