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Autoridades turcas detêm 26 suspeitos de manipulação de resultados para apostas

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O Ministério Público turco anunciou hoje a detenção de 26 suspeitos de manipulação de resultados através de apostas, numa investigação que envolve 14 futebolistas e ainda o antigo vice-presidente do Galatasaray, Erden Timur.

Seis dos suspeitos são acusados de "influenciar o resultado do jogo entre o Kasimpasa e o Samsunspor", realizado em 26 de outubro de 2024, e 14 são jogadores implicados em "apostas de forma a afetar o resultado do jogo".

Em comunicado, o Ministério Público indicou que a análise de documentos apreendidos e de material digital obtido nas duas operações anteriores permitiu identificar sete suspeitos que alegadamente faziam apostas para "influenciar o resultado" das partidas.

Foram identificadas transações suspeitas nas contas bancárias examinadas, incluindo "fluxos de caixa de entrada e saída considerados ligados a apostas, suspeitas de ocultação da origem dos fundos e transações financeiras incomuns".

Segundo o Ministério Público, entre as contas bancárias examinadas estão as de alguns jogadores de futebol, que terão feito apostas em jogos das suas próprias equipas, incluindo na vitória do clube adversário.

A lista de suspeitos incluída no comunicado de imprensa apresenta jogadores, dirigentes de clubes de futebol e da Federação Turca de Futebol (TFF), empresários e um ex-polícia.

Esta é a terceira fase da operação relacionada com a investigação de apostas desportivas.

A TFF, que afirma querer "limpar o futebol turco", suspendeu 149 árbitros no mês passado, depois de terem sido considerados culpados de apostar em jogos, e indicou 1.024 jogadores para a comissão disciplinar.

Na denominada segunda fase da operação, em 09 de dezembro, outras 20 pessoas foram detidas, incluindo os jogadores Mert Hakan Yandas, do Fenerbahçe, e Metehan Baltaci, do Galatasaray, bem como o ex-presidente do Adanaspor, Murat Sancak, segundo a imprensa local.

Na primeira vaga, foram ordenadas buscas, foram apreendidos bens e detidas 21 pessoas, a maioria árbitros, e oito estão em prisão preventiva, incluindo o presidente do clube Eyüpspor, da Superliga, segundo fontes próximas da investigação.