Sindicato Democrático dos Professores pondera novas medidas dada a “desconsideração institucional” do GR
O Sindicato Democrático dos Professores da Madeira (SDPM) mostra-se insatisfeito com a “desconsideração institucional” que diz sentir por parte da Secretaria Regional da Educação, Ciência e Tecnologia, uma vez que não obtém resposta aos seus pedidos para reunir e abordar questões relacionadas com a carreira docente. Nesse sentido, ainda esta semana, será convocada uma reunião com os associados para ponderar novas formas de luta.
Em tom de ironia, ainda no início de uma conferência de imprensa ocorrida na sede do SDPM, esta tarde, o presidente do sindicato lamentou que só através da imprensa consiga trocar informações com a tutela.
António Pinho explicou que no início do mandato reuniu com Elsa Fernandes, havendo a garantia de que “as coisas eram para avançar”, pese embora tenha sido tudo tratado de forma genérica. Já no final de Outubro foi pedida nova reunião para esclarecer algumas informações contraditórias quanto às prioridades do Governo Regional. No entanto, o SDPM não obteve qualquer resposta. O pedido foi reforçado já no final de Novembro, tornando a não haver resposta.
Foi colocada à consideração dos associados sobre quais os próximos passos a tomar, sendo que não se decidiu avançar com a greve, optando por novas tentativas de diálogo. Foi realizado um novo pedido de reunião, que continua sem resposta, pelo que António Pinho considera que estamos perante uma “desconsideração institucional”, até porque o sindicato opta por esgotar todas as vias negociais antes de avançar com medidas como a greve.
Na reunião da próxima semana estarão todos os cenários em cima da mesa, não se descartando a hipótese de greve. O presidente do SDPM espera perceber quando se pode reuniu com Elsa Fernandes para discutir minuciosamente os assuntos. A questão da recuperação do tempo perdido na transição entre carreiras está a preocupar os sindicalistas, uma vez que, uma entrevista concedida ao DIÁRIO, a secretária afirmou que tal estava “em equação”. “Dizer que está em equação é uma hipótese e não uma certeza”, lamenta.
As preocupações do sindicato estão também relacionadas com a vinculação dos docentes contratos com três contratos completos de serviço, uma situação que, ao que tudo indica deverá mesmo avançar, mas sobre a qual ainda não foram dadas certezas ao sindicato. Por outro lado, o sindicato pede que docentes de escolas oriundos de escolas do continente e dos Açores vejam o tempo de serviço nesses estabelecimentos de ensino contabilizado, bem como aqueles professores oriundos do sector privado. A valorização da aquisição de novas habilitações dos docentes contratados, aquando da entrada na carreira, também ainda não existe. O SDPM pede ainda o fim das quotas no s 5.º e 7.º escalões.