O DIÁRIO de Notícias da Madeira noticiava a 5 de Novembro de 2006, na sua edição número 42.441, que "só 18 percursos pod[iam] ser feitos ser pôr vidas em risco", dando conta que os restantes trajectos eram "desaconselhados pelo Governo Regional.
Na rubrica 'Canal Memória' de hoje recuamos 19 anos.
A reportagem paginada nas páginas 8 e 9 da edição de 5 de Novembro de 2006 é da autoria do jornalista Filipe Gonçalves. Com o título "À procura de perigo", o artigo alertava que "um simples passeio pela serra pode acabar em tragédia", dando conta que o director Regional das Florestas daquela altura, Rocha da Silva, defendia ser necessário "acabar com o espírito aventureiro dos turistas".
A reportagem que deixava dicas de segurança aos caminheiros, revelava que "cerca de 90 por cento dos acidentes ocorrem por culpa dos turistas”. Os dados do director regional das Florestas daquela altura demonstravam que as situações trágicas aconteciam por diversos factores, entre eles o espírito aventureiro e “a ânsiade tirar fotos à beira de falésias, precipícios ou locais perigosos”.
Rocha da Silva assimia que era também necessário "um trabalho de recuperação dos percursos aconselhados pela DRF", apontando que os 18 traçados considerados seguros estavam a ser alvo de melhorias, numa forma de "possibilitar maior segurança a quem visita o percurso e assim poder desfrutar da beleza do trajecto".
A reportagem apontava que existiam, àquela data, "mais de uma centena de percursos perigosos", dando os exemplos do circuito Larano-Risco, entre Machico e o Porto da Cruz, e a vereda do Curral das Freiras, desde os Três Paus até ao Curral das Freiras.
Consulte o artigo na íntegra:
De acordo com a lista dos Percursos Pedestres Classificados do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza da Região, a Madeira tinha, a 29 de Outubro de 2025, um total de 29 percursos abertos, cinco parcialmente abertos e seis encerrados.
A ilha do Porto Santo, tinha dois percursos abertos e um fechado.