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Madeira

Governo Regional defende correcção “urgente” do subfinanciamento da UMa

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Foto Aspress

O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, defendeu hoje, na sessão de abertura do ano letivo da Universidade da Madeira, a necessidade urgente de corrigir o subfinanciamento da instituição, que considera resultar da persistência de uma visão centralista do Estado português.

Albuquerque afirmou que, “num financiamento nacional ao ensino superior que ronda os 1500 milhões de euros, a UMa recebe apenas cerca de 1% desse valor, o que não reflecte nem a sua população, nem o papel estratégico que desempenha na Região.” Garantiu que continuará a pressionar o Governo da República e os grupos parlamentares para que seja feita uma correcção “de equidade e justiça”.

O líder do executivo madeirense destacou os 37 anos de história da UMa e agradeceu o trabalho desenvolvido pela instituição na qualificação dos madeirenses, sublinhando que as universidades são “universais, não regionais nem nacionais”, e que a criação da UMa foi uma decisão crucial para a modernização da Madeira e para a formação integral dos jovens. Albuquerque apontou também os desafios da insularidade e da ultraperiferia, considerando que estes factores deveriam resultar num suplemento financeiro específico.

O presidente do Governo Regional anunciou que o próximo quadro comunitário permitirá reforçar o investimento na investigação e inovação tecnológica e manifestou confiança na possibilidade de financiar a construção do novo edifício do Politécnico, cujo custo já ascende a 51 milhões de euros depois de não ter sido possível integrá-lo no PRR. Garantiu que exigirá ao Governo da República a inclusão de verbas para esta obra.

Albuquerque afirmou, ainda, que o Governo Regional continuará a apoiar os cursos tecnológicos e as bolsas de estudo, destacando o papel determinante da Universidade da Madeira no desenvolvimento do curso de Medicina e na futura articulação com o novo Hospital Central, que deverá abrir em 2029. Considera que a instituição será central no avanço da investigação em ciências médicas, biotecnologia, robótica e tecnologias emergentes.

O governante encerrou a intervenção assegurando total colaboração com a reitoria e confiança na capacidade da universidade para continuar a afirmar-se como instituição essencial ao desenvolvimento da Região.