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Assembleia Legislativa Madeira

“Vivemos um tempo novo” nas relações entre os governos da Madeira e da República

Intervenção, de Brício Araújo, do PSD, sobre o Orçamento do Estado abriu sessão plenária

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A sessão plenária desta quinta-feira, a segunda e última da semana, arrancou com a intervenção do parlamentar do PSD, Brício Araújo, que falou sobre o Orçamento de Estado para 2026 e sobre aquelas que são as principais reivindicações da Região Autónoma da Madeira.

Na sua intervenção, apontando aos 79 milhões de euros adicionais, o parlamentar disse que vivemos “um tempo novo” nas relações entre os governos da Madeira e República. “Os 79 milhões de euros ocorrem, sim, por via de uma negociação séria e discreta entre o Governo Regional e o Governo da República”.

Nos pedidos de esclarecimentos, oriundos da sua bancada, Rafael Carvalho focou na questão do Centro Internacional de Negócios da Madeira e lembrou os ataques por parte de outros partidos a este instrumento financeiro.

Jaime Filipe Ramos destacou, por sua vez, os 79 milhões adicionais para a Madeira que estão contemplados no Orçamento para substituir o Fundo de Coesão e falou sobre as negociações em curso e que ainda podem dotar a Região de mais fundos.

A deputada Carla Rosado quis colocar o foco na defesa dos interesses da Madeira e do Porto Santo, dizendo que, ao contrário dos governos socialistas, agora é tempo de negociar e colocar no terreno as medidas necessárias.

“Não está tudo feito. Mas, ao contrário dos partidos mandados pela República, o PSD colocará sempre à frente os interesses da Região”.

O parlamentar do Chega, Miguel Castro, em resposta a esta boa articulação, acusou o social-democrata de mentir: "mente de forma olímpica". O deputado apontou áreas críticas, como a da mobilidade aérea e marítima ou as dívidas aos subsistemas de saúde, para lembrar que "não devemos andar de mão estendida a Lisboa". 

Brício Araújo recebeu ainda pedidos de esclarecimento de Bruno Macedo e de Carlos Fernandes, ambos do PSD, que evidenciar a "atenção" da República para com os madeirenses e porto-santenses. Há outra proposta em análise, que pode conferir aos cofres regionais mais 75 milhões de euros. "Será que podemos contar com os partidos da Madeira para fazer aprovar estas propostas".