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Alunos de escola na Faixa de Gaza retomam aulas

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Alunos da escola palestiniana Al-Hassaina, em Nusseirat, no centro da Faixa de Gaza, retomaram as aulas depois de a ONU ter anunciado a reabertura progressiva dos estabelecimentos.

Cerca de 50 raparigas juntaram-se numa sala de aula da escola, sentaram-se no chão, responderam a perguntas do professor e copiaram a lição do quadro para os seus cadernos, segundo imagens captadas pela agência noticiosa AFP.

Numa outra sala de aula, outras tantas adolescentes estavam igualmente sentadas no chão com cadernos no colo.

Ao longo de dois anos, durante a guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas, a escola serviu de abrigo a dezenas de famílias. Muitas continuam no edifício, cuja fachada ostenta estendais de roupa.

Aproveitando o frágil cessar-fogo em vigor desde 10 de outubro, a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos anunciou esta semana a reabertura progressiva das escolas na Faixa de Gaza, muitas em estado de ruína.

O líder da agência, Philippe Lazzarini, declarou na terça-feira na rede social X que mais de 25 mil alunos já tinham ingressado nos "espaços de aprendizagem temporários" da agência, enquanto cerca de 300 mil seguiriam as aulas à distância.

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada pelos ataques liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, nos quais morreram cerca de 1.200 pessoas e 251 foram feitas reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma operação militar em grande escala na Faixa de Gaza, que causou mais de 68 mil mortos, segundo as autoridades locais, a destruição de quase todas as infraestruturas do território e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.

A primeira fase do entendimento, impulsionado pelos Estados Unidos e negociado ao longo de vários dias com a mediação de outros países (Egito, Qatar e Turquia), inclui a troca de reféns em posse do Hamas por prisioneiros palestinianos, a retirada parcial das forças israelitas do enclave e o acesso de ajuda humanitária.

A etapa seguinte, ainda por acordar, prevê a continuação da retirada israelita, o desarmamento do Hamas, bem como a reconstrução e a futura governação do enclave.