Arquivista madeirense preside grupo de peritos do Conselho Internacional de Arquivos
Foi durante o encontro internacional do ICA, realizado entre 27 e 30 de Outubro de 2025, em Barcelona, que foi anunciada a nomeação do madeirense L. S. Ascensão de Macedo para presidir ao Grupo de Peritos para o Património Arquivístico Partilhado do Conselho Internacional de Arquivos (ICA).
O arquivista desempenha actualmente funções como Chefe de Divisão de Arquivos e Planeamento na Direção Regional do Orçamento e Tesouro da Secretaria Regional das Finanças e é investigador do Centro de Estudos Clássicos da Universidade de Lisboa. Além disso, integra a Delegação da Madeira da BAD – Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas, Profissionais da Informação e Documentação.
Numa nota enviada à imprensa, o arquivista dá conta de que, no mesmo evento, foi apresentado o primeiro relatório dedicado especificamente ao fenómeno dos arquivos deslocados na América Latina, elaborado por María Cristina Betancur Roldán, da Universidade de Antioquia, Colômbia, sob supervisão do madeirense. "O estudo, preparado em espanhol, inglês e português, com tradução apoiada pelo Centro de Estudos Clássicos da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, identifica casos concretos de património arquivístico deslocado, bem como significativos silêncios institucionais, propondo linhas de actuação no domínio da memória histórica e da justiça patrimonial", explica.
É uma honra receber esta nomeação, que constitui um reconhecimento internacional do trabalho desenvolvido na valorização do património arquivístico e na reflexão crítica sobre arquivos sob disputa e patrimónios partilhados. Assumo esta missão com sentido de serviço público e compromisso com os valores do Conselho Internacional de Arquivos, contribuindo para o diálogo internacional e para iniciativas que promovam a preservação, o acesso e a justiça patrimonial L. S. Ascensão de Macedo
O ICA-EGSAH foi criado no ano de 2016 e tem por objectivo promover a cooperação internacional, a mediação patrimonial e o desenvolvimento de boas práticas em casos de arquivos deslocados dos seus contextos de origem ou em risco, bem como no âmbito do património arquivístico partilhado.