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Madeira

Centro de Química da Madeira integra plataforma europeia para desenvolvimento de chips semicondutores

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Foto arquivo/ Aspress

O Centro de Química da Madeira (CQM) estabeleceu uma parceria com o INL – International Iberian Nanotechnology Laboratory para integrar a plataforma europeia de investigação INFRACHIP, anunicou hoje a Universidade da Madeira.

Em comunicado de imprensa, a instituição explica que a INFRACHIP é uma plataforma de investigação europeia dedicada ao desenvolvimento sustentável da próxima geração de chips semicondutores.

“Através da INFRACHIP, os investigadores podem aceder gratuitamente a tecnologias de ponta instaladas em várias partes da Europa”, realça a mesma nota.

O CQM participa nesta iniciativa com o projecto ‘Heteroatom-doped and co-doped CDs: characterization’, que foi recentemente selecionado por um painel europeu para integrar esta plataforma.

“Esta parceria permitirá aos investigadores do CQM envolvidos no projecto aceder a conhecimento altamente especializado e a tecnologias de ponta em microscopia electrónica e de raios X disponíveis no INL que são ferramentas fundamentais para a caracterização estrutural e morfológica de nanomateriais de carbono, em particular dos pontos de carbono (carbon dots)”, salienta o mesmo comunicado, evidenciando que estes nanomateriais têm “elevado potencial para aplicações biomédicas, nomeadamente em bioimagem”.

No CQM, os pontos de carbono estão a ser desenvolvidos no âmbito do projecto de doutoramento do investigador júnior Ivo Martins, que incide sobre o tratamento do cancro, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia e supervisionado pelo professor catedrático do Departamento de Química da Universidade da Madeira e membro sénior do CQM, João Rodrigues.

“Os primeiros resultados desta colaboração já permitiram a observação e identificação de novas nanoestruturas de carbono, encontrando-se em curso estudos complementares de caraterização estrutural e bioquímica”, revela ainda o comunicado, sublinhando que “estes trabalhos visam abrir caminho a novas aplicações destes materiais, não só no domínio dos novos chips e da bioimagem, mas também em processos catalíticos de elevado interesse científico e tecnológico”.