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Madeira

Câmara da Ribeira Brava é um carro “seguro, mas que precisa de ser bem conduzido”

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Foto Rui Silva / ASPRESS

De voz embargada e num tom de profunda emoção, Ricardo Nascimento despediu-se esta manhã da presidência da Câmara Municipal da Ribeira Brava, após 12 anos de mandato. No discurso proferido na cerimónia de tomada de posse dos novos órgãos autárquicos, o autarca usou a metáfora de um carro para simbolizar a transição de poder e deixar um aviso ao sucessor.

“A população da Ribeira Brava entregou-te um carro novo, seguro e estável. Mas, Jorge, é preciso saber conduzi-lo. Tem duas luzes à frente — para veres mais longe — e três espelhos, para nunca esqueceres o que ficou para trás e quem te acompanha”, afirmou, dirigindo-se a Jorge Santos, o novo presidente da Câmara que se encontra na plateia ao lado de outros autarcas eleito.

Ricardo Nascimento disse adeus a uma “viagem de 12 anos de dedicação, desafios e conquistas”, marcada, segundo o próprio, “por amor à terra e ao serviço público”. Agradeceu “a todos os ribeira-bravenses pela confiança”, às equipas políticas e aos funcionários municipais “que transformaram projetos em realidade”, sublinhando que “nada teria sido possível sozinho”.

O autarca cessante aproveitou o momento para sublinhar que deixa a Ribeira Brava melhor do que a encontrou, destacando “a solidez financeira e a boa organização da autarquia” como marcas da sua gestão. “Saio com o sentimento de dever cumprido. A Ribeira Brava está hoje mais moderna, mais sólida e com contas equilibradas”, afirmou, salientando que o rigor orçamental foi determinante para garantir investimento e estabilidade.

Deixou ainda uma palavra de reconhecimento ao presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, “pela capacidade de ouvir e pela vontade de fazer pela Ribeira Brava”.

No encerramento, citou Francisco Pinto Balsemão, lembrando que “a única obrigação do homem é deixar o mundo melhor do que o encontrou”. E concluiu: “Foi isso que procurei fazer. Despeço-me com gratidão, orgulho e esperança. Servir a Ribeira Brava foi um privilégio.”