Arquivado processo relativo ao grande incêndio do ano passado na Madeira
Autoria do lançamento do foguete não ficou provada, arguidos ficam livres das acusações
Foi hoje arquivado o processo que corria na justiça relativo ao grande incêndio que, no ano passado, consumiu mais de cinco mil hectares na Madeira.
Conforme avança a RTP-Madeira, no Telejornal, não terá ficado provada a autoria do lançamento do foguete que originou o incêndio que deflagrou na Serra de Água e se alastrou a várias localidades da Região, ardendo durante 13 dias.
A acusação não terá apresentado provas que confirmassem os factos. Ainda assim, provado ficou que foi um foguete lançado num convívio familiar que originou o incêndio. Mas o processo viria a ser arquivado sem que fosse atribuída responsabilidade a qualquer dos dois arguidos.
No dia 14 de Agosto de 2024 deflagrou um incêndio na freguesia da Serra de Água (Ribeira Brava), que alastrou rapidamente para as freguesias viznhas, muito por força das condições meteorológicas que se faziam sentir (temperaturas elavadas, baixa humidade e vento), progredindo em zona de difícil acesso.
Várias localidades viriam a ser afectadas, com o fogo a obrigar à evacuação de várias famílias em diferentes concelhos. A zona florestal foi, também, bastante afectada, sobretudo nas zonas altas dos concelhos da Ribeira Brava, Ponta do Sol, Câmara de Lobos, Santana e Funchal. A cordilheira central foi consumida pelas chamas e, ainda hoje, são várias as zonas cujo acesso se mantém interdito.
O fogo foi considerado extinto a 26 de Agosto, alguns dias depois da activação da ajuda internacional, vinda de Espanha, com a cedência de dois aviões canadair e não sem várias polémicas pelo meio, nomeadamente a ausência do presidente do Governo Regional e do secretrário regional com a tutela da Protecção Civil, que se encontravam no Porto Santo.