"A história da democracia portuguesa também se conta pela história da Autonomia"
Presidente da Assembleia da República defende que a Autonomia é uma conquista de maturidade democrática e um pilar da coesão nacional
O presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, afirmou esta segunda-feira, na Madeira, que “a história da democracia portuguesa também se conta pela história da Autonomia”, sublinhando que esta “não foi dada, mas conquistada” e que “nasceu do inconformismo”. O líder do Parlamento português discursou no encerramento da Sessão Solene de Boas-Vindas que marcou o início das comemorações dos 50 anos da Autonomia Regional.
Aguiar-Branco classificou a Autonomia como “uma conquista de maturidade democrática” e um sinal do “respeito pela diversidade que enriquece o nosso país”. Acrescentou que “a Autonomia faz parte da identidade da Madeira” e que a Região é “um exemplo que o país não pode dispensar”.
O presidente da Assembleia da República destacou o papel dos madeirenses na construção do país, afirmando que “onde outros vêem obstáculos, os madeirenses encontram caminhos” e que “a Madeira não pede favores”. Para Aguiar-Branco, “a Autonomia é uma questão de coesão territorial e de justiça”.
Prestou também tributo aos madeirenses e aos luso-descendentes vindos da Venezuela, lembrando que “a Madeira deu ao país uma lição de humanidade quando recebeu, nos últimos anos, 12 mil luso-descendentes”. “É um exemplo que o país não pode dispensar”, reforçou.
Reconhecendo que a Madeira enfrenta problemas e desafios, o presidente da Assembleia da República defendeu que estes “unem o país inteiro na procura de soluções”, como “criar riqueza, combater as desigualdades, integrar quem chega e proteger quem cá está”. “Devemos aprender com a experiência uns dos outros e somar forças para construir um país mais coeso, mais justo e mais próspero”, afirmou.
Aguiar-Branco garantiu que a Assembleia da República irá associar-se às comemorações dos 50 anos da Autonomia, com várias iniciativas ao longo de 2026. “Faz todo o sentido que ao longo de 2026 decorram na Assembleia da República iniciativas dedicadas à Autonomia”, disse, alertando que “o pior erro seria fazer da Autonomia apenas uma festa regional”.
Concluiu com uma mensagem de unidade nacional, afirmando que “um país seguro da sua identidade nacional não tem medo das suas culturas insulares” e que “a Madeira, além de pérola do Atlântico, é também a pérola de Portugal”. “Vamos juntos contar esta história que nos une e, sobretudo, construir mais história no futuro”, rematou.