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Eleições Autárquicas Madeira

JPP compromete-se a construir uma rede de caminhos agrícolas em Machico

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A candidatura do JPP a Machico assume a agricultura como uma das áreas a merecer atenção, com uma aposta "nos caminhos agrícolas para ajudar as pessoas no escoamento dos seus produtos", mas também como forma de "de acessibilidade para muitas famílias, nomeadamente nas zonas altas, situação que tem levado ao abandono de terrenos, o que é de certo modo incompreensível quando são devolvidos fundos comunitários que poderiam ser utilizados para este fim".

Luís Martins já tinha abordado várias medidas relacionadas com a  habitação, infraestruturas, acessibilidades e apoios sociais, mas referindo-se agora ao sector primário aponta que "os caminhos agrícolas, além da sua importância no aumento da mancha verde, servem para travar a proliferação de plantas invasoras e infestantes, contribuindo desta forma para a protecção da nossa Floresta Laurissilva da Serra das Funduras e para a segurança das populações ao nível da proteção civil, ao contribuir para a redução da matéria combustível existente". "Considero que os caminhos agrícolas servem também como zona tampão ou faixa corta-fogo para proteção das populações em caso de incêndio", indica o cabeça-de-lista.

O candidato releva ainda a agricultura como “uma mais-valia para a economia familiar, ajudando a reduzir o aumento do cabaz alimentar, e proporciona a disponibilização no mercado local de mais produtos regionais fortalecendo a nossa independência e reserva alimentar, bem como a redução da pegada carbónica".

É também com a actividade agrícola que podemos contribuir para o verde da paisagem e a manutenção dos socalcos de basalto, sendo inegável a sua importância para uma das maiores actividades económicas da Região que é o turismo. Luís Martins

Por todos estes motivos, acrescenta, o fornecimento de água para agricultura, por parte da ARM, sob a alçada do Governo Regional “deveria ser gratuito ou a um preço simbólico”.

O candidato propõe ainda apoios do município para a construção e aquisição de tanques de rega, apoio ao nível técnico e combate a pragas.

Entende o candidato que é preciso uma solução para resolver a propriedade dos terrenos agrícolas e florestais, que com o passar do tempo ainda estão em nome dos bisavós dos proprietários, em que cada um tem uma pequena parcela. “Assim propomos diligenciar com o Governo Regional uma solução para estes terrenos com uma atualização de cadastro, já em curso, mas ao qual se acrescentaria as atualizações do título de propriedade, permitindo à semelhança da lei da colonia, o fraccionamento de propriedade, em que cada um sentir-se-ia proprietário de pleno direito e mais motivado para limpar a sua parcela de terreno florestal e/ou agrícola. Essa atualização seria gratuita ou a um custo muito reduzido”, sugere.

“Em relação ao mercado de produtos agrícolas queremos encontrar uma solução mais confortável e um espaço mais apropriado e condigno para os agricultores que semanalmente comercializam os seus produtos e para todos os que frequentam este mercado semanal”, propõe. “Pretendemos criar um mercado coberto onde estes produtos do concelho possam ser comercializados, em que também se inclui o peixe e outros produtos do mar, desde que os nossos pequenos comerciantes de pescado tenham interesse em usufruir deste espaço para dinamizar a sua atividade.”