Saldo natural na Madeira agrava-se até Agosto
Tudo aponta que 2025 irá terminar com uma diferença entre nascimentos e falecimentos ainda maior do que em 2024
Em Agosto de 2025 "foram averbados 242 óbitos e 154 nados-vivos na Região Autónoma da Madeira (RAM), com o número de óbitos a aumentar 2,1% relativamente ao mês homólogo, enquanto o número de nados-vivos diminuiu 1,3%, juntando-se aos já de si dramáticos números dos sete meses anteriores, temos um saldo natural (+12,2% óbitos, -5,4% nados-vivos) agravado nos primeiros oito meses de 2025.
O valor dos óbitos é "superior ao observado em Agosto de 2024 (mais 5 óbitos; 2,1%)" e "de Janeiro a Agosto, registaram-se 1.954 óbitos, mais 213 do que no período homólogo (+12,2%)", refere a Direção Regional de Estatística da Madeira. "A avaliação do 'excesso de mortalidade', que compara os óbitos do mês em referência (242 óbitos) com a média dos valores do mesmo mês dos anos de 2016 a 2019 (214 óbitos, em média), mostra que houve um excesso de mortalidade de 13,3%, refletindo o facto de, no conjunto daqueles anos, o número de óbitos ter sido sempre inferior ao valor registado em agosto de 2025".
Em Agosto de 2025, felizmente "não foram averbados óbitos com menos de 1 ano nem fetos-mortos".
"Ainda em Agosto de 2025, contabilizaram-se 154 nados-vivos, correspondendo a uma quebra de 1,3% relativamente ao mês homólogo de 2024 (menos 2 nascimentos)", aponta a DREM, pelo que "o número total de nados-vivos registados nos primeiros oito meses de 2025 (1.091) foi inferior ao verificado no mesmo período de 2024 em 4,9% (menos 56 nados-vivos)".
Assim, "da diferença entre nados-vivos e óbitos resultou um saldo natural negativo de 88 indivíduos em Agosto de 2025, mais penalizador que no mês homólogo, no qual registou o valor de -81" e, como referido, "nos primeiros oito meses de 2025, o valor acumulado do saldo natural foi de -863, apresentando um agravamento relativamente ao observado no mesmo período de 2024 (-594)".
Mais, no "oitavo mês de 2025, celebraram-se 116 casamentos, correspondendo a uma quebra de 15,9% relativamente ao número de casamentos realizados em Agosto de 2024 (menos 22 casamentos)". Apesar disso, de Janeiro a Agosto, "foram celebrados 785 casamentos, mais 28 (+3,7%) do que no período homólogo".