Coleccionador propõe museu de automóveis na Madeira
Exposições temporárias permitiriam mostrar peças de vários coleccionadores
“Gostava que a Madeira tivesse um sítio permanente – museu - onde coleccionadores pudessem expor alternadamente. Assim, não só a minha colecção, mas também a de outros coleccionadores poderia ser exibida. Já houve um espaço privado que teve grande adesão, e acho que faz todo o sentido manter este tipo de exposição”, explicou João Paulo Freitas, à margem da abertura da exposição À Escala – Desporto Automóvel, no Museu da Electricidade – Casa da Luz, no Funchal.
A mostra apresenta uma selecção com centenas de peças, de um total de aproximadamente 4 mil que compõem a colecção do coleccionador, iniciada aos 14 anos. Entre os destaques estão miniaturas de carros em várias escalas, livros, capacetes e outros adereços relacionados com automobilismo, incluindo momentos marcantes da Fórmula 1 e do Rally da Madeira.
“Fiz uma selecção daquilo que achei mais interessante e que pudesse despertar maior interesse nas pessoas, ser o mais eclético possível. As pessoas têm uma afeição muito grande pelos assuntos relacionados com os automóveis, e esse é o foco da colecção”, acrescentou.
O empresário do ramo imobiliário sublinhou que o valor das peças é emocional e afectivo, e não material:
“O valor material não é o que me move. Algumas peças são raras e talvez não haja mais nenhuma na Madeira, mas o importante é a história e a emoção que transmitem. Todas são tratadas com muito cuidado e dedicação.”
O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, reagiu à proposta de um museu de automóveis:
“A haver museu deve ser municipal para contribuir para a descentralização”, começou admitir, mas logo recordou que “a Madeira tem uma das maiores mostras de automóveis clássicos do país e uma das maiores e mais importantes da Europa”, reforçando que a Madeira deve ser “das regiões do mundo com mais coleccionadores de [automóveis] clássicos”. Acrescente o Rali Legend, e o Rali Vinho da Madeira, “a maior demonstração da afeição dos madeirenses pelo automobilismo”, reforçou.
Albuquerque sublinhou também a importância da descentralização:
“Não precisa de ficar tudo no centro do Funchal. Mas isso é uma deliberação que tem de ser tomada pelas câmaras e avançar, não há nenhum problema”, concretizou.
A exposição estará aberta até 31 de Dezembro, com algumas peças a serem rodadas mensalmente, garantindo novidades para visitantes, turistas e escolas.