PRR prevê criação de 22 camas para pessoas em situação de sem-abrigo até Junho de 2026
Decorreu, esta manhã, no auditório do Instituto da Segurança Social, a apresentação do III Plano Regional para a Integração de Pessoas em Situação de Sem-Abrigo (PRIPSSA) 2025-2030.
A apresentação contou com a presença da secretaria regional de Inclusão, Trabalho e Juventude, Paula Margarido, que, em declarações, explicou a necessidade de compreender as dinâmicas que envolvem as pessoas em situação de sem-abrigo.
“Trata-se de um conjunto multifactorial de adversidades que implicam uma maior assertividade para, então, de forma multidisciplinar conseguirmos actuar junto da população em situação de sem-abrigo e retirar o maior número possível de pessoas das nossas ruas”, evidenciou Paula Margarido.
Acrescentou que “tudo faremos para que, deste total de 177 pessoas em situação de sem-abrigo, sendo estes os últimos números avançados pela PSP, consigamos acolher pelo menos 80% num espaço digno e adequado”.
A presidente do Instituto de Segurança Social, Nivalda Gonçalves, destacou algumas das medidas do PRIPSSA, dando ênfase à criação de soluções de acolhimento, inserção no mercado de trabalho e medidas ligadas a tratamentos de saúde.
“As principais medidas prendem-se com a criação de soluções de acolhimento, ou seja, garantir que estas pessoas não permaneçam na rua, bem como a sua inserção no mercado de trabalho, através de programas de curta duração. Incluem-se, também, medidas ligadas a tratamentos de saúde, sobretudo saúde mental, de modo a prepará-las para o regresso à vida activa e à integração social.”, afirmou a presidente.
Vincou, ainda, a criação de casas de acolhimento, cerca de 22 camas, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
“Estamos a falar de cerca de 22 camas, distribuídas por vários modelos, como apartamentos partilhados e algumas unidades individuais, que estarão sempre acompanhadas com equipas de saúde para garantir o seguimento clínico e a medicação regulada. Os objectivos do PRR apontam para a conclusão destas casas até Junho de 2026”, concluiu.