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Madeira

Há 23 anos, “Centro de Santa Cruz vai fechar ao trânsito” era a notícia que fazia manchete no DIÁRIO

Recuamos até à edição do dia 15 de Outubro de 2002

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O objectivo passava por desmistificar a ideia de que a cidade de Santa Cruz era apenas um ponto de passagem. Em marcha, estava “um plano urbanístico que visava, sobretudo, promover o seu crescimento populacional e criar pólos de atracção”, palavras de Savino Correia, presidente da câmara, à data.

O projecto assentava em três fases e prometia modificar a estrutura da sede do concelho. A primeira seria construir a ligação entre a Ribeira e o Caminho Municipal da Morena, um acesso que comprometia ligar as zonas altas da cidade com o centro e permitir a expansão da população ao norte. Paralelamente, decorreria a requalificação do tecido urbano no centro da cidade. Numa segunda fase, estaria previsto o fecho da rua junto à Câmara e o aumento da dimensão da Praça João Abel de Freitas e, posteriormente, seriam reforçadas as ligações entre a sede da autarquia e o centro de saúde, através do prolongamento dos passeios existentes. 

Durante o decorrer desta obra, a Câmara prometia, também, proceder à substituição de vários troços da rede de esgotos e de água potável. O projecto ambicionava, assim, “valorizar ainda mais o passeio marítimo da cidade e devolver aos peões zonas de convívio”, afirmava Savino Correia que previa a conclusão deste plano até 2006.

Pretendia-se, além disso, dar a possibilidade aos estabelecimentos comerciais de alargarem os seus espaços através da colocação de esplanadas.

Já na secção “Regional”, a morte de um jovem de 20 anos, que faleceu no Centro Hospital do Funchal, após ter dado, dois dias antes, entrada no centro de saúde do Porto Santo, gerou uma onda de revolta na ilha dourada. Centenas de pessoas assinaram um abaixo-assinado de forma a manifestar o seu descontentamento com o funcionamento do centro de saúde. 

A nível internacional, Kofi Annan, o secretário-geral da ONU à data, alertava para uma epidemia explosiva de SIDA na China. Na sua avaliação, o país atravessava um momento decisivo no combate a uma propagação maciça da doença e aconselhava os líderes chineses a tomarem medidas.