Eleições "taco a taco" aquecem o ambiente no Porto Moniz
Na Santa, concelho do Porto Moniz, o ambiente eleitoral é intenso. À porta do salão paroquial, onde funciona a mesa de voto, os candidatos Olavo Câmara, do PS, e Dinarte Nunes, do PSD, estavam separados por poucos metros, atentos à movimentação de quem entrava. Cumprimentos curtos, olhares cautelosos e presença constante marcaram a manhã. Era o retrato da fiscalização cruzada entre candidatos e delegados, que observavam discretamente cada eleitor que se aproximava da urna.
O cenário é de equilíbrio e expectativa. Segundo os dados mais recentes, o concelho do Porto Moniz registou 502 novos residentes, facto que despertou curiosidade e comentários entre as equipas partidárias, sobretudo num município onde cada voto pode fazer a diferença.
No bar O Provérbio, a freguesia comentava o desenrolar do dia. O espaço estava cheio e as conversas giravam em torno de uma mesma previsão: “Isto vai ser taco a taco.”
Mais acima, no talho, o proprietário Francisco acrescentava ironia ao ambiente, dizendo que a altura da chama do braseiro é proporcional à temperatura política. Entre risos, a frase servia de termómetro para o clima vivido no Seixal, quente, competitivo e cheio de pequenas provocações.
E enquanto uns discutiam, Maria Cavaleiro e Maria Madalena mantinham a tradição. São das primeiras a chegar em todos os actos eleitorais. Vam mais vezes às urnas do que ao Funchal, confidenciam. “Só lá vamos se for para o hospital”.
Entre o olhar vigilante dos candidatos, a curiosidade em torno dos novos eleitores e a devoção das votantes de sempre, a Santa viveu um domingo de urnas e emoções, onde o voto é tanto um dever cívico como um retrato vivo da intensidade política do Porto Moniz.
Agressão junto à entrada da mesa de voto no Seixal, Porto Moniz
Incidente marca a manhã eleitoral deste domingo