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"Tudo como antes no negócio com a Revee"

Foto ASPRESS
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Carlos André Gomes, contudo, revela que o Marítimo "não está parado, precavendo todas as situações financeiras".

Conforme notícia já avançada na edição impressa do DIÁRIO desta quarta-feira, a conclusão do negócio da Revee com o Marítimo, para aquisição de 40% das acções do Marítimo da Madeira Futebol - SAD por 15 milhões de euros, pode estar em risco ou, pelo menos, sofrer um atraso significativo de alguns meses, o que não serve os interesses imediatos do clube.

Tudo porque a pópria Revee informou, no dia 29 de Setembro, ter cancelado o aumento de capital que tinha sido aprovado em 15 de Julho deste ano, após o Conselho de Administração ter reavaliado os potenciais impactos de notícias recentes sobre a operação Carbono Oculto. Esta medida levou a que os accionistas com preferência sejam ressarcidos pelo IPCA, com devolução via B3 e BTG, com o capital da empresa a manter-se nos 120.115.081,52 Reais, pouco mais de 19 milhões de euros.

Contudo, o presidente do Marítimo assegura que o negócio continua de pé. "Tenho falado permanentemente com o CEO da Revee e mantém-se inalterável o interesse desta empresa brasileira na SAD do Marítimo", diz.

Carlos André Gomes revela ainda ter sido informado dos mais recentes acontecimentos na Revee, até mesmo do cancelamento do aumento de capital que estava para acontecer em Outubro, pelo seu CEO. "Em função dos acontecimentos, a Revee está a reestruturar-se, o que pode ter alguma afectação em termos de prazo, porque, de resto, mantém-se tudo igual", sustenta.

O dirigente maritimista recorda, contudo, que levou à Assembleia Geral do Marítimo apenas uma proposta de um investidor para alienação de 40% do capital da SAD. "Houve a correcta informação que seguir-se-ia a Due Diligence, que é exactamente o que a Lei determina e o que ainda está a ser feita, de forma a provar a idoneidade do investidor, e, nessa altura, não havia garantias de sucesso no negócio até à conclusão da Due Diligence", recorda.

De qualquer forma, Carlos André Gomes assegura que o Marítimo não está parado. "Se estamos a negociar com um investidor, paralelamente estamos a precaver todas as situações em termos financeiros para que nada falhe, pelo que estamos a fazer o nosso trabalho com seriedade", sublinha com convicção.

"Só há negócio com a Revee sob garantia bancária"

De resto, o presidente maritimista diz ainda que "desde o início das negociações com os investidores, pois houve outros, que o Marítimo traçou um plano A, um plano B e um plano C, e está sempre a trabalhar nesses planos", mas reforça que "relativamente à Revee, as informações que temos, é que tudo se mantém igual".

"Da parte da Revee tem havido uma preocupação em manter o Marítimo informado de tudo o que está a acontecer no Brasil, mas em algum momento nos disseram que estes acontecimentos, como o cancelamento do aumento de capital da empresa, iria afectar a operação", esclarece o presidente do Marítimo.

Carlos André Gomes , por outro lado, diz que "o negócio só é assinado  com a Revee a apresentar ao Marítimo uma garantia bancária sobre os 15  milhões, porque, a partir daí e no dia em que falharam o pagamento , é accionada essa garantia. E não vamos avançar no negócio sem essa garantia bancária".

O presidente do Marítimo, por outro lado, assegura a sua tranquilidade relativamente ao negócio. "O negócio está no IPDJ, que agora cruza todas as informações relativamente à idoneidade do investidor e à proveniências dos capitais, e essa é a maior garantia que temos", conclui o dirigente maritimista.