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Madeira

Megajulgamento de droga no Funchal cancelado por falta de oficiais de justiça

A Equipa de Intervenção Rápida da PSP esteve junto ao tribunal (Edifício 2000) a garantir a segurança.
A Equipa de Intervenção Rápida da PSP esteve junto ao tribunal (Edifício 2000) a garantir a segurança.

O início do julgamento de uma das mais complexas redes de tráfico de droga da Madeira, com 25 arguidos, foi cancelado, esta manhã, devido à greve de oficiais de justiça. O processo conta com 25 arguidos - quatro empresas e 21 cidadãos -, sendo que nove encontram-se em prisão preventiva ou domiciliária. Como alguns dos arguidos estão em prisão preventiva desde Fevereiro de 2023, existe o risco de virem a ser libertados por se esgotar o prazo de vigência dessa medida de coacção. Conforme o DIÁRIO dá conta na edição impressa de hoje, este problema é comum a vários outros julgamentos agendados para as próximas semanas.

Dado o elevado número de arguidos (21) e de testemunhas (24), foi montado um dispositivo de segurança reforçada junto ao tribunal do Funchal (Edifício 2000), que incluiu agentes da Equipa de Intervenção Rápida da PSP. Mas como cedo se percebeu que não havia funcionários para assegurar a realização do julgamento, o Corpo da Guarda Prisional não chegou a transportar os arguidos presos da Cancela para o Funchal.

O caso resulta de uma longa investigação da PJ e da PSP e envolveu diversas apreensões de droga, realizadas entre Outubro de 2020 e Maio de 2023. O suposto cabecilha tem 40 anos e é acusado de ‘lavar’ uma fortuna oriunda do tráfico de ‘bloom’ em stands de venda de carros, contando para o efeito com a colaboração de empresários do ramo. Foram apreendidas 10 viaturas de luxo. Num dos carros estavam escondidos 293 mil euros em vários maços de notas.

Face ao cancelamento da sessão de hoje, a juíza Joana Dias, que preside a colectivo, reagendou a primeira audiência para a manhã da próxima quarta-feira.