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UE condena ataque a agência da ONU em Jerusalém Oriental

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A União Europeia (UE) condenou hoje o ataque contra a agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA) em Jerusalém Oriental, apelando à responsabilização dos responsáveis.

"A UE condena veementemente o ataque contra as instalações da UNRWA em Jerusalém Oriental", escreveu o chefe da diplomacia dos 27 do bloco europeu, Josep Borrell, numa mensagem divulgada na rede social X, na qual também apelou à responsabilização dos perpetradores.

Manifestantes israelitas tentaram incendiar na quinta-feira as instalações da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA, na sigla em inglês) em Jerusalém Oriental.

A agência da ONU anunciou igualmente na quinta-feira que tinha encerrado os escritórios em Jerusalém Oriental depois de "extremistas israelitas" que se manifestavam no exterior do edifício terem incendiado zonas exteriores do complexo.

"Tomei a decisão de encerrar o complexo até que seja restabelecida a segurança adequada", anunciou o chefe da UNRWA, Philippe Lazzarini, na quinta-feira à noite.

Lazzarini denunciou na altura um "segundo incidente odioso em menos de uma semana".

Na mesma mensagem publicada hoje na rede social X, o Alto Representante da UE para a Política Externa e de Segurança acrescentou que Israel é responsável pela segurança dos trabalhadores humanitários.

"A UNRWA é uma tábua de salvação insubstituível para milhões de pessoas em Gaza e na região", referiu também.

Israel acusou uma dezena dos cerca de 13.000 funcionários da UNRWA em Gaza de terem participado no ataque de combatentes do grupo extremista Hamas em território israelita, em 07 de outubro de 2023.

O ataque sem precedentes do Hamas em Israel provocou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

No final de abril, um grupo de avaliação independente concluiu que Israel não tinha apresentado provas das alegações, mas considerou também que a UNRWA carecia de neutralidade em Gaza.

A agência da ONU coordena a quase totalidade da ajuda na Faixa de Gaza.

O ataque do Hamas em outubro desencadeou uma ofensiva de Israel em Gaza que causou cerca de 35.000 mortos desde então.