Uma lição de humildade e mudança

Havia uma comunidade de animais na floresta, onde todos viviam em harmonia e cooperação. Entre eles, havia um pavão chamado Percival, conhecido por sua exuberante plumagem e sua habilidade de encantar a todos com sua beleza. No entanto, também era conhecido por sua vaidade e sua tendência a menosprezar aqueles que não considerava dignos de sua atenção.

Certo dia, enquanto Percival se exibia com suas plumas deslumbrantes, uma coruja sábia chamada Orlena observava silenciosamente. Embora muitos admirassem o pavão, Orlena não nutria afeição por ele, pois via além da vaidade superficial e percebia a necessidade de humildade e compreensão mútua na comunidade.

Um dia, durante uma apresentação particularmente grandiosa de Percival, Orlena decidiu intervir. Voando silenciosamente até ele, a coruja sussurrou em seu ouvido: “Ninguém te observa tão bem quanto alguém que não gosta de você. Por isso, dê o seu melhor e, quando entrar em cena, dê um show! Seja irrepreensível, seja o máximo. Se alguém pode, você consegue.”

As palavras de Orlena ecoaram na mente de Percival. Ele percebeu que, além de sua beleza exterior, precisava cultivar qualidades internas como humildade, empatia e respeito pelos outros. Compreendeu que o verdadeiro valor não estava apenas na admiração dos outros, mas na capacidade de contribuir para o bem-estar da comunidade.

A partir desse dia, Percival mudou sua atitude. Ele continuou a exibir sua beleza, mas agora o fazia com uma dose saudável de humildade e compaixão. Ele começou a valorizar as qualidades únicas de cada animal na floresta e a reconhecer que, embora todos fossem diferentes, cada um tinha algo especial a oferecer.

Com o tempo, Percival ganhou não apenas a admiração, mas também o respeito e a amizade de seus companheiros de floresta. Ele aprendeu que, mesmo que alguém não goste de você à primeira vista, sempre há a oportunidade de mudar essa percepção, mostrando o seu melhor e sendo genuinamente bom para com os outros.

Moral da história: A lição de Orlena e a transformação de Percival tornaram-se uma parábola na floresta, lembrando a todos que, independentemente das circunstâncias, sempre há espaço para crescimento, compreensão e reconciliação.

Gregório José