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Madeira

Quercus Madeira apresenta queixa no Serviço de Protecção da Natureza

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O Núcleo Regional da Quercus da Madeira manifesta, publicamente, "repúdio, profunda indignação e tristeza pela intervenção recentemente realizada no Caminho das Ginjas" e dá conta que apresentou queixa no Serviço de Proteção da Natureza (SEPNA) da Guarda Nacional Republicana.

Numa nota enviada comunicação social, a associação refere que considera que se tratou de uma "desmatação indiscriminada das áreas marginais ao caminho, não salvaguardando a vegetação nativa presente que foi impiedosamente arrancada ou danificada. Urzes, faias, uveiras, folhados, loureiros - muitos apresentando ainda a rede de proteção verde usualmente aplicada aos exemplares plantados - foram derrubados, arrancados, parcialmente soterrados e amontoados nas bermas do terrapleno, sobre a vegetação aí presente. Numerosos exemplares poupados à desmatação foram danificados de modo tão incompreensível e desnecessário que aparentam terem sido alvo de vandalismo".

É inacreditável que este cenário tenha sido produzido pela Secretaria Regional da Agricultura e Ambiente! É inconcebível que este “trabalho” tenha tido acompanhamento (?) do Instituto que tem por missão conservar habitats e espécies legalmente protegidos! que devastou a área de intervenção de um projeto LIFE, de que foi parceiro, e a cuja manutenção estava obrigado! Que compromisso e profissionalismo são estes? Como podemos confiar-lhe a salvaguarda dos nossos maiores valores naturais? Temos vergonha! Núcleo Regional da Quercus da Madeira

A nota, assinada pela presidente do Núcleo, Elsa Araújo, refere que as "intervenções como esta têm um efeito contrário ao pretendido - promovem a proliferação e expansão de espécies exóticas invasoras. A “limpeza” é de pouca duração e o “controlo” é uma ilusão! A clareira exposta vai ser terreno fértil para o crescimento rápido de giestas e carquejas (invasoras) visto as plantas nativas terem sido arrasadas".

"Se as operações de limpeza e controlo de plantas invasoras são feitas deste modo, o futuro será delas! Só não vê quem não quer ver … por alguma razão", remata.