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eleições legislativas Madeira

Educação tem sido tratada "com notória displicência e incompetência"

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A candidatura do Chega-Madeira dividiu o seu dia de campanha entre visitas a instituições e contactos com a população. Assim, na parte da manhã, a campanha visitou as empresas ‘Bordal’, do sector do bordado Madeira, e ‘O Liberal’, da área da comunicação. Já na parte da tarde, a campanha visitou os concelhos da Ribeira Brava, Ponta do Sol, Porto Moniz e São Vicente, onde promoveu contactos de auscultação com a população local.

Nas iniciativas do dia abordou alguns dos assuntos que definem a actualidade política regional e nacional, conferindo especial destaque ao tema da Educação.

Para a candidatura do Chega, a educação é um "sector estruturante da vida nacional", porém “não tem recebido dos sucessivos partidos que têm liderado o governo da República a atenção e o respeito que merece", refere nota enviada.

Aliás, segundo a candidatura do Chega, o PS e o PSD têm tratado a Educação “com notória displicência e incompetência”, sendo prova disso a "pressão que tem vindo a ser colocada sobre os professores, a erosão da autoridade dos docentes, a falta de pessoal nas escolas e o aumento das expectativas colocadas sobre a escola, que extravasam, em muito, a capacidade de resposta das mesmas, ainda mais numa fase de claro desinvestimento do Estado em matérias educativas".

Para contrariar esta situação, o partido avança com várias medidas para melhorar o sistema de ensino, nomeadamente "ajudas de custo a professores que se encontrem deslocados da sua residência oficial, introduzir o ideal da tolerância zero à indisciplina e violência nas escolas, garantir que a disciplina de Cidadania assegura imparcialidade ideológica, consagrar a obrigatoriedade da existência de canais de denúncia de assédio moral e sexual nas instituições de ensino superior, avaliar a qualidade nutricional das refeições escolares e promover a incorporação de origem portuguesa e defender a despolitização das instituições do ensino superior para garantir a sua qualidade e prestígio".

“Olhamos com imensa preocupação para o que se está a passar nas escolas, em especial nas escolas públicas, porque encontramos, em muitas delas, situações que não auguram um futuro promissor, desde o desrespeito para com a figura do professor, a perda de autoridade dos docentes, a carga burocrática inútil criada pela tutela e as respostas que a escola está a ser forçada a dar em áreas que ultrapassam a sua vocação imediata, como são a pobreza instalada nas famílias de alguns alunos, carências alimentares, casos de desorientação emocional e psicológica, consumo de drogas e até situações de violência infantil e doméstica”, observou Francisco Gomes, cabeça-de-lista do Chega à Assembleia da República.

Para o candidato estas situações suscitam grande preocupação. "A sexualização do espaço escolar e a conversão da própria escola num espaço para a promoção de ideologias repulsivas, como a ideologia de género, é algo que contraria os objetivos da missão escolar, nega o papel que só cabe aos pais cumprir na educação sexual dos filhos e está a converter este país numa espécie de manicómio em autogestão, onde tudo vale e tudo é aceitável, incluindo perversidades ofensivas que não têm lugar no processo de crescimento das crianças", disse.

"Vamos lutar sempre contra aqueles que, usando o disfarce da liberdade e do politicamente correcto, querem tratar por normal aquilo que não é normal. Nunca permitiremos que as nossas crianças se tornem carne para canhão e arma de arremesso nos jogos políticos doentios que a Esquerda quer promover, com a complacência, covardia e conluio de certa Direita, que há muito se esqueceu do que deveria ser e defender", conclui Francisco Gomes.