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Novo Governo dos Açores toma hoje posse

Foto ANTÓNIO ARAÚJO/LUSA
Foto ANTÓNIO ARAÚJO/LUSA

O novo Governo dos Açores, de coligação PSD, CDS-PP e PPM e presidido pelo social-democrata José Manuel Bolieiro, toma hoje posse perante o parlamento regional, numa cerimónia marcada para as 15:00 (16:00 em Lisboa), na cidade da Horta.

A sessão, que marca o arranque da nova legislatura, após as eleições regionais antecipadas de 04 de fevereiro, que a coligação PSD/CDS-PP/PPM venceu mas sem maioria absoluta, vai permitir reconduzir no cargo a maioria dos anteriores governantes, sem grandes alterações na orgânica do executivo.

O presidente do Governo indigitado anunciou, na sexta-feira, após entregar a lista com os nomes ao representante da República para os Açores, Pedro Catarino, a composição integral do novo executivo, que apresenta como principal novidade a saída de Pedro Faria e Castro da subsecretaria Regional da Presidência e entrada de Paulo Estêvão, líder do PPM nos Açores, que irá ocupar o cargo de secretário dos Assuntos Parlamentares e das Comunidades.

O secretário regional das Finanças, Rogério Gouveia, estará presente, em representação do Presidente do Governo Regional, na Sessão Solene da Tomada de Posse do XIV Governo Regional dos Açores. A cerimónia, que se realiza esta segunda-feira, pelas 15h00, terá lugar no Edifício sede da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, localizado na cidade da Horta, na ilha do Faial. Nota da SRF

Outra das alterações do novo elenco executivo é a entrada de Mário Rui Pinho, até agora diretor regional de Políticas Marítimas, para o lugar de Manuel São João, na Secretaria Regional do Mar e das Pescas.

Os restantes governantes mantêm as mesmas pastas: José Manuel Bolieiro na Presidência do Governo; Artur Lima (líder do CDS-PP) na Vice-Presidência; Duarte Freitas na Secretaria Regional das Finanças, Planeamento e Administração Pública; Sofia Ribeiro na Secretaria Regional da Educação, Cultura e Desporto; Mónica Seidi na Secretaria Regional da Saúde e Segurança Social; António Ventura na Secretaria Regional da Agricultura e Alimentação; Berta Cabral na Secretaria Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas; Maria João Carreiro na Secretaria Regional da Juventude, Habitação e Emprego; e Alonso Miguel na Secretaria Regional do Ambiente e Ação Climática.

Após a tomada de posse, o executivo de coligação PSD/CDS-PP e PPM tem dez dias para entregar, na Assembleia Regional, o Programa do Governo, o documento que contém as principais orientações políticas e as medidas a propor para toda a legislatura.

De acordo com o Estatuto Político-Administrativo dos Açores, o debate do programa do Governo tem de ocorrer até ao 15.º dia após a tomada de posse do executivo e a discussão em torno do documento "não pode exceder três dias".

Até ao encerramento do debate, qualquer grupo parlamentar pode propor a rejeição do programa do executivo, sendo que, a aprovação dessa rejeição carece de maioria absoluta e "implica a demissão do Governo".

O PS, o maior partido da oposição, já anunciou que irá votar contra o Programa do Governo, tal como o deputado único do BE, ao passo que as representações parlamentares do IL e do PAN só se pronunciam depois de verem o documento.

O Chega, a terceira força política mais votada nos Açores, com cinco deputados, faz depender o seu sentido de voto de um eventual entendimento com o PSD, o maior partido da coligação.

José Manuel Bolieiro disse, na noite das eleições, que iria governar com "maioria relativa", sem fazer coligações de governo com nenhuma outra força política, apesar de a coligação ter elegido apenas 26 dos 57 deputados regionais, menos três do que os 29 necessários para obter maioria absoluta.

O Partido Socialista elegeu 23 deputados, o Chega cinco e o BE, o IL e o PAN um cada.

As eleições de 4 de fevereiro ocorreram após o chumbo, em novembro, das propostas de Plano e Orçamento da Região para este ano, devido à abstenção do Chega e do PAN e dos votos contra de PS, IL e BE, situação que levou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a dissolver o parlamento e a convocar eleições antecipadas.