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Milhares manifestam-se de novo em Londres por cessar-fogo em Gaza

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Foto EPA

Milhares de pessoas manifestaram-se hoje mais uma vez em Londres, para exigir um cessar-fogo permanente em Gaza, na 11.ª manifestação nacional na capital britânica desde 07 de outubro.

Os ataques perpetrados contra Israel naquele dia fizeram 1.160 mortos, principalmente civis, segundo uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelitas, e a resposta de Israel já causou 32.705 mortos na Faixa de Gaza, segundo o Hamas.

"Pedimos um cessar-fogo permanente para pôr fim ao que o mais alto tribunal do mundo considerou ser um genocídio plausível", disse o diretor da Campanha de Solidariedade com a Palestina, Ben Jamal, um dos organizadores da marcha de hoje.

O Tribunal Internacional de Justiça (CIJ, na sigla em inglês), o mais alto órgão judicial da ONU, ordenou em janeiro que Israel fizesse tudo para evitar um "genocídio" no território palestiniano, acusações que Israel considerou "escandalosas".

Acusando o governo britânico de "dar luz verde" às ações de Israel, nomeadamente ao continuar a autorizar a exportação de armas, Ben Jamal considerou necessária "uma mudança fundamental na política do governo britânico".

"Até conseguirmos, continuaremos a marchar", alertou.

A participar na manifestação, Sally Worgan, ex-assistente social de 65 anos, considerou "importante que os palestinianos saibam que as pessoas os apoiam, que não estão sozinhos".

Worgan disse também que é preciso "que os governos ouçam", o que o executivo britânico acabou por fazer, mas "foram necessárias muitas destas manifestações para as pessoas se darem conta" do que se passa na Palestina.

Uma contramanifestação foi organizada ao longo do percurso da marcha, com bandeiras israelitas e cartazes onde se lia "o Hamas é terrorista".

O governo britânico apela a "uma pausa humanitária imediata" que conduza a uma "paz duradoura".

A maioria dos 2,4 milhões de habitantes da Faixa de Gaza está ameaçada pela fome, alertam há semanas as agências da ONU.

Na quinta-feira, o CIJ ordenou que Israel fornecesse "ajuda humanitária urgente" a Gaza face a "uma fome crescente".