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Madeira

‘Confiança’ critica promessas por cumprir na cultura e recorda Bienal Internacional de Arte

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O cenário cultural do Funchal tem sido pautado por uma gestão de expectativas e promessas que parecem nunca se concretizar. À medida que se aproxima o final do mandato, um padrão na gestão do PSD emerge, marcado pelo adiamento constante de compromissos e pela crescente decepção dos munícipes"

A crítica é da coligação 'Confiança', pela voz da vereadora Micaela Camacho, que recorda a propósito “o caso emblemático da prometida Bienal Internacional de Arte, que gerou expectativa em muitos agentes culturais, mas que até o momento permanece como uma tela em branco, aguardando as primeiras pinceladas de realidade, é a prova da incapacidade deste executivo”.

"Lançada com pompa na campanha eleitoral de 2021, a promessa de uma Bienal Internacional de Arte marcaria o Funchal como um destino de destaque no mapa da arte contemporânea. Mas o que se seguiu foi uma série de anúncios contraditórios e datas adiadas", reforça a autarca, lembrando que "próximo do início de seu mandato, o presidente eleito Pedro Calado reforçou a intenção de realizar a Bienal em 2022 durante a 47ª Feira do Livro do Funchal".

Em Outubro de 2022, "após o prazo inicial ter passado" - nota - uma nova data foi proposta, "numa tentativa de manter viva a expectativa".

Em Março de 2023, "o adiamento ganha mais um ano, com promessas de que em 2024 a Bienal seria enfim posta em marcha", lembra Micaela Camacho, acrescentado que "como que numa repetição cíclica", neste mês de Março de 2024, "um novo adiamento é anunciado, desta vez para 2025, com a acção ainda nos estágios de preparação".

Para a 'Confiança' estes repetidos atrasos "são indicativos de uma cultura que parece estar em um estado de sono profundo, sem conseguir acompanhar o ritmo dinâmico que a arte e sua comunidade exigem".

“Uma área tão vital como a cultura merece mais do que o piloto automático. Merece uma liderança que entenda as suas nuances, o seu poder transformador e a necessidade de apoio e investimento. No entanto, o actual pelouro da cultura na Câmara do Funchal parece operar sob a sombra dos sucessos de gestões passadas.”, afirma a vereadora da Confiança.

A Confiança considera ser imperativo que o município assuma uma postura mais assertiva ao lidar com a cultura, defendendo que o alinhamento entre as promessas feitas e as metas cumpridas deve ser a norma, e não a excepção".

"Ao invés de uma 'Bienal das Promessas' que gera descrédito nos actuais actores municipais, o Funchal merece um executivo de confiança, onde a palavra dada seja honrada", conclui.