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Pelo menos 15 mortos em ataque terrorista a igreja no Burkina Faso

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Pelo menos 15 fiéis foram ontem mortos e dois ficaram feridos num "atentado terrorista" contra uma igreja católica da aldeia de Essakane, no norte do Burkina Faso, anunciou o vigário-geral da diocese de Dori, Jean-Pierre Sawadogo.

A comunidade católica da aldeia de Essakane foi vítima de um "atentado terrorista, quando se encontrava reunida para as orações dominicais", escreveu o vigário-geral num comunicado enviado à agência noticiosa francesa AFP, com um balanço provisório de "15 fiéis mortos".

Doze morreram no local e mais três no Centro de Saúde e Promoção Social "na sequência dos seus ferimentos", acrescentou o vigário-geral, confirmando ainda "dois feridos".

A aldeia de Ekassane situa-se na chamada zona das "três fronteiras", nas fronteiras do Burkina Faso, do Mali e do Níger, onde atacam frequentemente os grupos 'jihadistas'.

Desde 2015, o Burkina Faso tem sido confrontado com uma violência 'jihadista' atribuída a movimentos armados afiliados à Al-Qaida e ao grupo Estado Islâmico, que já causou cerca de 20.000 mortos e mais de dois milhões de deslocados internos.

Estes ataques têm por vezes como alvo as igrejas do país, onde os raptos de clérigos cristãos também aumentaram.

Desde abril de 2019 diversos ataques em igrejas católicas e protestantes em vários pontos do país resultaram num total de 39 mortos e 18 feridos.

O Burkina Faso, o Mali e o Níger têm sido todos confrontados com uma violência 'jihadista' recorrente e mortífera, situação agravada pela instabilidade política testemunhada nos três países, onde os governos civis foram derrubados por sucessivos golpes de Estado militares desde 2020.