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Paris exorta Irão e aliados a acabar de imediato com acções desestabilizadoras no Médio Oriente

Foto lev radin / Shutterstock.com
Foto lev radin / Shutterstock.com

A ministra francesa dos Negócios Estrangeiros, Catherine Colonna, exortou hoje o seu homólogo iraniano a que o Irão e os seus aliados cessem imediatamente as suas ações desestabilizadoras, no Médio Oriente.

Numa publicação na rede social X, a ministra afirma ter "feito passar uma mensagem muito clara: o risco de haver um conflito regional nunca foi tão importante, o Irão e os seus aliados devem cessar imediatamente as suas ações desestabilizadoras. Ninguém ganha se o conflito escalar".

A ministra dirigia-se ao homólogo iraniano, Hossein Amir-Abdollahian, numa altura em que o Irão é acusado de ter um papel determinante na crise do Médio Oriente.

Teerão estabeleceu um eixo de resistência contra Israel, apoiando-se em forças aliadas na região, nomeadamente o Hezbollah, no Líbano, grupos armados no Iraque e na Síria e rebeldes Houthis no Iémen.

Depois do início, em outubro, da guerra entre Israel e o Hamas, houve vários ataques no Mar Vermelho, que perturbaram fortemente o comércio internacional.

Os confrontos entre o exército israelita e o Hezbollah, aliado do Hamas, estavam até agora limitados às zonas fronteiriças no sul do Líbano, quando se têm repetido avisos no mundo árabe e na comunidade internacional sobre o receio da propagação do conflito na Faixa de Gaza, na Palestina, a outras regiões do Médio Oriente.

O Hezbollah afirmou ter atirado hoje dezenas de 'rockets' contra uma base militar no norte de Israel, ataque que é a sua primeira reação à morte do número dois do Hamas, Saleh al-Arouri, na terça-feira à noite, perto de Beirute.

O exército israelita declarou por sua vez que as sirenes de alerta tinham soado nas cidades do norte do país, informando que na manhã de hoje houve cerca de quarenta disparos contra a região de Meron a partir do vizinho Líbano.

Catherine Colonna já tinha anunciado hoje no X que conversou com seu homólogo egípcio Sameh Shoukry, numa publicação em que refere que o Egito e a França "estão na linha de frente para o acesso da ajuda humanitária a Gaza e a evacuação dos feridos mais graves".

Israel prometeu destruir o Hamas após o seu ataque sem precedentes em solo israelita em 07 de outubro, que matou 1.140 pessoas, principalmente civis, de acordo com uma contagem da agência France Prece baseada no número de mortos israelitas.

Cerca de 250 pessoas foram raptadas, tendo cerca de uma centena sido libertadas durante uma trégua no final de novembro.

Os bombardeamentos israelitas já fizeram 22.722 mortos em Gaza, a maioria mulheres, crianças e adolescentes, e mais de 58.000 feridos, segundo um último relatório do Ministério da Saúde do Hamas.