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Investigação Judicial Madeira

Barreto quer demissão de Albuquerque com “efeito imediato”

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Foto Hélder Santos/ASPRESS

O líder do CDS-PP/Madeira deu uma conferência de imprensa, ao início desta noite, para ler um comunicado em que pede que a demissão de Miguel Albuquerque, apresentada esta manhã ao Representante da República, tenha “efeito imediato”.

Se essa for a decisão de Ireneu Barreto, o Governo Regional cai de imediato e não serão discutidos o Orçamento Regional para 2024, nem a moção de censura apresentada pelo PS.

A queda imediata do Executivo permitirá que PSD e CDS apresentem um novo governo, com o apoio negociado com o PAN.

O novo governo tomaria posse rapidamente e apresentaria um orçamento para este ano.

"Entende o CDS-PP Madeira que esta posição salvaguarda os interesses de uma região que tem registado um crescimento económico notável, acima da média nacional, que ultrapassou uma pandemia e que tem enfrentando com sucesso uma crise económica sem precedentes, e onde se verifica um compromisso social nas áreas da saúde, da educação, ao contrário do que se verifica no continente", explicou.

Esta posição não constitui qualquer falta de solidariedade pessoal para com o Dr. Miguel AIbuquerque, antes pelo contrário, tem por objectivo defender a Madeira e os Madeirenses, assegurando assim uma gestão digna dos nossos destinos. Rui Barreto

A posição de Rui Barreto contrasta com o que tem sido avançado nos últimos dias, mas pode ser a ‘saída’ política para a crise.

O líder do CDS-PP/Madeira também deixou argumentos para contrariar uma eventual intenção de Marcelo Rebelo de Sousa de dissolver o parlamento regional.

"É importante realçar que, ao contrário do que sucede na República, onde o Governo está dependente da avaliação e confiança política da Assembleia da República, mas igualmente do Presidente da República, o mecanismo autonómico faz única e exclusivamente depender a confiança do Governo da Assembleia regional", afirmou.

Por isso, Rui Barreto entende que "estando a Assembleia Legislativa Regional em plenas funções, estando esta legitimamente eleita, e garantindo esta a confiança necessária no elenco governativo indicado, nenhuma razão objectiva, legal e política, terá o sr. Presidente da República para exercer o seu veto político".

De referir ainda que a conferência de imprensa desta noite decorreu na mesma sala onde foram negociados o 1.º e o 2.º acordo entre o PSD e o CDS.