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Putin recebe MNE da Coreia do Norte em Moscovo

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Foto AFP

O Presidente russo Vladimir Putin reuniu-se hoje em Moscovo com a ministra dos Negócios Estrangeiros norte-coreana, num sinal de aproximação entre os dois países vizinhos e que se reforçou desde o início da ofensiva russa na Ucrânia.

De acordo com a presidência russa, a ministra Choi Son-hee foi recebida por Putin no Kremlin.

Os dois responsáveis abordaram os acordos concluídos entre os dois países, precisou o porta-voz do Kemlin Dmitri Peskov, sem precisar os temas em discussão.

O chefe da diplomacia russa Serguei Lavrov tinha indicado previamente que as discussões iriam abranger a cooperação bilateral, a situação na península coreana e o balanço da aplicação dos acordos resultantes da cimeira entre Vladimir Putin e Kim Jong-un em setembro de 2023 na Rússia.

A Coreia do Norte, com relações muito tensas com os Estados Unidos, foi acusada por Washington de fornecer armamento e munições à Rússia para a sua campanha militar na Ucrânia.

Em setembro de 2023 não foi oficialmente assinado qualquer acordo na sequência da cimeira dos dois dirigentes no extremo oriente russo, mas aumentaram as especulações sobre uma ajuda humanitária e militar que Moscovo poderá fornecer a Pyongyang em troca dos seus aprovisionamentos.

Lavrov agradeceu hoje a Pyongyang pelo apoio à invasão russa na Ucrânia, com a Coreia do Norte a afirmar-se como um dos dois países do mundo, a par da Síria, a reconhecer as anexações russas de quatro regiões ucranianas no outono de 2022.

Por sua vez, a chefe da diplomacia norte-coreana Choi Son-hee considerou que a visita à Rússia constitui "um momento importante para que as relações bilaterais alcancem este ano um novo patamar",

Vladimir Putin foi convidado a deslocar-se à Coreia do Norte, mas não foi indicada qualquer data.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, desencadeada em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.