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Presidente da APAVT ciente que inicia último mandato com agenda ampla e exigente

Foto Reinaldo Rodrigues/Global Imagens
Foto Reinaldo Rodrigues/Global Imagens

O presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) afirma que a agenda com que parte para este novo triénio, e último, mandato na direção da associação se apresenta ampla e exigente.

"Cientes dos nossos pilares de orientação estratégica, a agenda é ampla, diversificada, intensa e exigente. Vamos continuar a defender os interesses do setor e dos associados, onde e quando se justificar", disse Pedro Costa Ferreira, lembrando que quem "já viveu a pandemia sabe que a agenda nunca está fechada e muito menos totalmente identificada",

Na tomada de posse para mais três anos, na quinta-feira em Lisboa, anunciou ser o seu último mandato.

Após 15 anos, o responsável diz que sai, "também e sobretudo", porque a liderança da APAVT "exige ela própria regeneração, mudança, nova visão".

Perante uma plateia com muitos protagonistas do turismo e economia e diplomacia, Pedro Costa Ferreira prometeu continuar a defender "intransigentemente os interesses legítimos do setor", sempre em diálogo, com o objetivo concreto de "conciliar e consensualizar", "sem cedência absolutamente nenhuma" da independência da associação.

A APAVT, garante, vai continuar a ser a associação de todos.

Já sobre os temas que irão acompanhar os trabalhos, Pedro Costa Ferreira lembrou a nova diretiva europeia sobre viagens organizadas, que implicará acompanhamento e antecipação até à regulamentação, mas para o qual dizem não estarem pessimistas.

Apontou ainda a "revolução na relação da indústria aérea" com o setor, lembrando que a TAP e outras companhias aéreas "anunciaram a intenção de introduzir o NDC ['New Distribuition Capability', que vai alterar a forma como as agências de viagens vendem voos da companhia] no mercado português, assim como as questões relacionadas com a solução aeroportuária nacional, que se manterão.

Neste último tema falou "não apenas a lamentável inexistência de uma solução para o novo aeroporto" como sobre as "dificuldades de obtenção de 'slots' [autorizações de aterragem e descolagem de aviões], as más experiências de turistas nacionais e internacionais, e mesmo a capacidade de desenvolvimento de operações noutros aeroportos, concretamente o do Porto", assim como "as dificuldades de operação no aeroporto da Madeira, onde poderá haver medo político de alterar antigos parâmetros técnicos, quando toda a tecnologia, em terra e no ar, já evoluiu exponencialmente".

Pedro Costa Ferreira antevê igualmente "as dificuldades de mobilidade da operação turística em Lisboa", apelando para que o setor seja parte do diálogo que traga as melhores soluções.

No que concerne ao Património Cultural diz que há problemas, "indefinições, e sobretudo a inexistência de uma estratégia integradora deste no Turismo.

"Cientes da importância do Património Cultural para a oferta turística, estamos interessados em participar num trabalho multidisciplinar que aproxime o património Cultural do turismo e, sobretudo, das pessoas. Mas, para isso, seria importante que alguém entendesse a efetiva transição da tutela da DGCP [Direção-Geral do Património Cultural] para as novas entidades gestoras do Património em Portugal, a Património Cultural, I.P. e a Museus e Monumentos de Portugal, E.P.", concluiu.